Política

DEPUTADO TOM ARAÚJO diz que prefeito de Coité persegue 177 servidores

De acordo com o grupo de trabalhadores que já denunciou a situação na Câmara Municipal de Conceição do Coité, tratam-se de orientadores sociais, oficineiros, zeladoras e cozinheiras
Aloisio Araújo , Salvador | 05/12/2013 às 17:08
Tom diz que prefeito falou uma coisa na campanha e agora pratica outra
Foto: BJÁ
O deputado Tom Araújo (DEM), sensibilizado com a ameaça de demissão de 177 servidores contratados pela prefeitura de Conceição do Coité para trabalhar com os programas de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), Projovem Adolescente e na assistência a idosos, denunciou o caso em pronunciamento na Assembleia Legislativa. O deputado lembrou que esses servidores desenvolvem trabalhos essenciais de atendimento a crianças, adolescentes, jovens e idosos, muitos em situação de risco, mantém uma relação de confiança e que não pode perder esse vínculo de uma hora para outra, sob pena de prejudicarem o público que atendem.

“Durante a campanha, o prefeito prometeu não demitir nem perseguir o funcionalismo. Todos seriam tratados com respeito. Agora os persegue? São 177 profissionais que mantém vínculo com o município, a maioria há mais de 16 anos. Eles foram capacitados e qualificados para as funções que exercem. Se forem demitidos, a prefeitura terá que contratar e capacitar novos servidores e isso representa mais custo, perda de tempo e prejuízo ao público alvo. Não se pode desprezar essa mão de obra que já sabe trabalhar e que conquistou a confiança de crianças, adolescentes, jovens e idosos, muitos em situação de risco, para trocá-los por novos trabalhadores. O que ocorrerá com essas pessoas enquanto não tiverem seus orientadores treinados? Vão ficar sem atendimento?”, ponderou o deputado.

De acordo com o grupo de trabalhadores que já denunciou a situação na Câmara Municipal de Conceição do Coité, tratam-se de orientadores sociais, oficineiros, zeladoras e cozinheiras. A prefeitura estaria utilizando o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos - que inclusive já vem sendo feito pelos profissionais desde 2010 -, que irá unificar os programas sociais em um só, para justificar as dispensas.

“Esses programas passarão por um reordenamento. E a prefeitura estaria usando esse reordenamento para justificar a demissão de quem está trabalhando há mais de 16 anos e tem capacidade de atuar na área, para contratar novos servidores sem capacitação e qualificação. É um grande prejuízo. Os trabalhadores já foram ouvidos na Câmara de Coité. Também denunciaram o temor de serem dispensados aqui na Assembleia e junto a população coiteense, através de carta aberta”, afirmou o deputado.

“O reordenamento significa que deveriam reciclar quem já é qualificado e manter a equipe atuando, durante o processo de unificação e municipalização dos programas, fortalecendo os laços de convivência e confiança para que resulte no fortalecimento dessas crianças e adolescentes em seus vínculos familiares e comunitários”, destacou o deputado.

Os trabalhadores também denunciaram que a atual administração não dá as mínimas condições de trabalho e que isso, inclusive, estaria refletindo no resultado das ações, até como forma de desgastá-los perante a opinião pública, justificar a falta de resultados e as consequentes demissões.

“Mas, se a prefeitura quer saber se o trabalho dá ou não resultados, deveria consultar as crianças, adolescentes, jovens e idosos que são atendidos pelos programas. Este público e suas famílias estão atuando em defesa desses 177 profissionais. Portanto, faço um apelo ao prefeito para que, confirmado o desejo de concretizar as demissões, reveja essa posição para que não haja mais prejuízos para o povo”, concluiu o deputado.