Política

VEREADORA evita maus tratos a animais durante desocupação na Preguiça

A edil vai solicitar ao prefeito que nas ações futuras seja tomado cuidado com os animais também
| 08/11/2013 às 20:59
Ana Rita durante a desocupação da área na Preguiça
Foto: Divulgação

A vereadora Ana Rita Tavares (Pros) evitou nesta sexta-feira, 8, o abandono e a morte de animais durante a remoção de barracos e edificações irregulares na Ladeira da Preguiça, no Centro da cidade, feita pela Prefeitura de Salvador. Seis famílias ocupavam irregularmente a área e foram retiradas da área, que será revitalizada.

De acordo com o secretário Maurício Trindade (Promoção Social e Combate à Pobreza), os moradores foram cadastrados para relocação: “No primeiro momento, essas pessoas foram encaminhadas para os Centros de Referência da Assistência - CRAS, onde serão atendidas por assistentes sociais, psicólogos e educadores sociais que irão identificar as necessidades e encaminhá-las para os serviços disponibilizados pela Prefeitura”.

Já os animais foram resgatados pela equipe da edil e ativistas da Terra Verde Viva. Entre os bichos, uma cadela da raça pitbull, provavelmente usada em rinhas. Muito machucada, ela foi levada pela legisladora a uma clínica veterinária com auxílio da Guarda Municipal. Outros sete cachorros foram transferidos para o abrigo da ONG, num veículo cedido pela Prefeitura. Três filhotes de gatos também foram resgatados e serão encaminhados para adoção.

Para Ana Rita o poder público deve assegurar os direitos das pessoas em toda intervenção desse tipo, sem ignorar os: “Em muitas ações de desapropriação pelo país afora, pessoas ficam desabrigadas ou são conduzidas para outros locais, enquanto os animais são abandonados, isso quando não são mortos. Em Salvador, se depender de nossa atuação junto ao poder público, isso não vai mais acontecer”.

Ela vai também solicitar ao prefeito ACM Neto que toda ação de desocupação de espaços públicos contemplem um plano de atenção aos animais que se encontrem no local, seja na companhia das pessoas ou na condição de animais cuidados pela comunidade: “O que não pode acontecer é deixá-los sem amparo, pois eles não podem se defender nem manifestar sua vontade”.

Segundo a vice-presidente da Terra Verde Viva, Ingrid Teixeira, durante a ação dos ativistas alguns prepostos da Prefeitura fizeram chacotas. “Isso mostra o despreparo de muitos profissionais quando o que está em jogo é o direito dos animais”, acusou.

A vereadora prometeu relatar o incidente às autoridades, mesmo tendo partido de uma minoria entre os funcionários: “Essa conduta ultrapassada, desumana e inconstitucional, de servidores que são remunerados para cumprir a lei, e não desrespeitá-la, servirá como pauta para um treinamento que, em breve, realizaremos com servidores municipais”.