Jornalista destaca que seu grupo estará marcando uma forte posição politica dentro do PT.
Tasso Franco , da redação em Salvador |
05/11/2013 às 17:55
Ernesto Marques: estou percorrendo todo estado levando nossa mensagem
Foto: BJÁ
O candidato a presidência do PT estadual, jornalista Ernesto Marques, admitiu em entrevista ao BJÁ na tarde desta terça-feira, 5, que o PT baiano pode pagar um preço muito alto ao assumir uma posição conservadora e burocrática, caso se concretize a vitória no PED da próxima sexta, 10, do seu adversário Everaldo Anunciação.
Ernesto não vê possibilidade de racha no PT com migrações de tendências no apoio a outro candidato nas próximas eleições majoritárias, ao que tudo indica com o secretário Rui Costa na cabeça da chapa, mas, entende que, ainda que o PT esteja forte no estado, "está desorganizado". E, o que é pior, comenta Marques, "estão desqualificando o processo eleitoral da próxima sexta na base do boleto", frisa.
Para Ernesto, "meu principal cabo eleitoral é também meu principal adversário" (Everaldo) e acusa a direção partidária de exigir o pagamento de um boleto para que os militantes votem, o que considera uma "desqualificação do processo e uma falta de respeito com a militância, 'os garrafinhas', nossa base da base".
Ainda segundo o jornalista é com base nesses boletos que seu adversário (também cabo eleitoral) se diz vitorioso. "Estamos, portanto, voltando ao voto do bico de pena da República Velha", comenta destacando que nas eleições da sexta somente 330 diretórios de municípios vão participar e outros 71 se encontram com comissões provisórias.
VITÓRIA PELA VITÓRIA
O candidato situa, ainda, que é avassaladora a máquina governamental favorável a Everaldo. "Dois 14 deputados estaduais do PT, 13 estão com ele, e Marcelino Galo conosco". Ainda assim, diz que não disputará o pleito no sentido de buscar a vitória pela vitória, mas, com o objetivo bem claro de marcar uma posição política "em consonância com a nova realidade brasileira que emana das ruas, numa nova remobilização nacional".
Segundo Ernesto, o PT baiano (em sua maioria) não estaria enxergando isso e se estatizou, se burocratizou. "A nossa candidatura está em sintonia com os desafios do futuro, com os projetos nacionais, enquanto nosso adversário é o inverso, mantendo-se distante dos movimentos sociais", frisou.
Ainda otimista quanto aos resultados da próxima sexta ele mostra a realidade da política no plano estadual e nacional. "Um dia nós vamos perder. E o que vai acontecer? De nossa parte seremos um pólo mais à esquerda e isso estamos deixando bem claro desde agora", concluiu.