Política

SECRETÁRIO nega ligação com fraudes em SP e Pelegrino cobra coerência

Alguns integrantes da equipe de Kassab já estão na cadeia
TF e Ascom NP , da redação em Salvador | 30/10/2013 às 18:51
Secretário Mauro Ricardo nega qualquer envolvimento nas fraudes em SP
Foto: BN
   O secretário da Fazenda de Salvador, Mauro Ricardo Costa declarou não ter ligação com a prisão de quatro ex-funcionários da Secretaria de Finanças de São Paulo acusados de receber propina para liberar empreendimentos imobiliários.

    “Não tenho qualquer envolvimento com tais denúncias e que a Justiça cumpra o seu papel de investigar e punir os eventuais responsáveis”, declarou através de nota encaminhada à imprensa, Mauro Ricardo, que já comandou a Secretária da capital paulista durante a gestão de Gilberto Kassab (PSD).

    A Controladoria Geral do Município de São Paulo (CGM-SP) juntamente com o Ministério Público, a Polícia Federal e a Polícia Civil, deu início a uma megaoperação na manhã desta quarta-feira para prender ex-funcionários da Prefeitura acusados de usar Secretaria de Finanças para cometer as irregularidades que podem ter causado um rombo de R$ 500 milhões aos cofres públicos. 

   “venho a lamentar que tais fatos, casos comprovados, tenham sido praticados por servidores públicos municipais concursados” e afirmou que a Justiça deve investigar o caso. “O Ministério Público de São Paulo tem todas as condições de elucidar o ocorrido e apresentar a denúncia à justiça a quem cabe julgar os fatos”.

PELEGRINO COBRA COERÊNCIA

O deputado federal Nelson Pelegrino (PT) exige coerência do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), ante a crise que envolve o secretário municipal da Fazenda, Mauro Ricardo Costa Ribeiro. “A sociedade espera de ACM Neto a mesma postura que tinha quando líder do DEM na Câmara, sempre foi o primeiro a defender a demissão dos ministros de Lula e Dilma” – sustentou Pelegrino. 

Ribeiro era secretário de Finanças de São Paulo no período em que a prefeitura registrou rombo de R$ 500 milhões. Os principais suspeitos, que faziam parte da sua equipe, já estão presos. 

O prefeito de São Paulo à época, Gilberto Kassab (PSD), afirmou nesta quarta-feira (30) que todos os secretários tinham autonomia para montar suas equipes. Considerado como um dos maiores escândalos de São Paulo pelo atual prefeito Fernando Haddad (PT, o esquema pode ter desviado mais da metade do ISS (Imposto Sobre Serviço) do município. Os funcionários cobravam propina para emitir guia do ISS abaixo do valor. Se não pagassem, os empreendimentos não eram liberados.