Política

"BANCADA do buzu" pode derrotar isenção do ISS para Metrô na CMS

Líderes partidários pretendem levar a matéria para votação na próxima segunda-feira
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 16/10/2013 às 18:52
O plenário esteve vazio durante toda a semana
Foto: Limiro Besnosik

A Câmara de Salvador encerrou a semana com o projeto de isenção do ISS para o Metrô atravessado na garganta, ou melhor, na pauta. Todas as três sessões do período caíram por falta de quórum. Para apreciar o texto do Executivo é necessária a presença de dois terços dos vereadores (29), com igual número de votos para aprovar a medida. Os líderes partidários pretendem levar a matéria a plenário na próxima segunda-feira, 21.

Nesta quarta-feira, 16, o presidente Paulo Câmara (PSDB) confirmou uma conversa mantida com o prefeito ACM Neto na última terça-feira, 15, tratando desse assunto entre outros. Ao tucano o alcaide disse estar interessado em confirmar o benefício para o consórcio construtor do Metrô (renuncia ao tributo na fase de implantação e alíquota de 2% quando o modal começar a funcionar) o mais rápido possível. Para isso vai chamar os integrantes de sua base da apoio para saber o porquê da demora em votar.

Nos corredores da CMS, porém, o assunto mais comentado é a resistência da chamada “bancada do buzu” em resolver o assunto. Segundo cálculo feito por um vereador, que não quer ter seu nome revelado, esse “colegiado” pode chegar a até 15 edis, quantidade suficiente para impedir a aprovação do texto. A turma estaria atendendo aos interesses dos empresários de ônibus da cidade, que lutam pela adoção do Bus Rapid Transit (BRT), em detrimento do transporte sobre trilhos.

Ela seria composta pelos cinco do PTN (Carlos Muniz, o líder, Tiago Correia, Kiki Bispo, Alan Castro, Alberto Braga), três do PT (tendo à frente Henrique Carballal, mais J. Carlos Filho e Moisés Rocha), além de Cátia Rodrigues (PROS), Tia Eron e Luiz Carlos (PRB), Isnard Araújo (PR) e mais alguns governistas. Hilton Coelho (PSOL), por motivos ideológicos, e Ana Rita Tavares (PROS) já haviam se colocado contra o projeto.

Ainda nesta quarta o líder da oposição, Gilmar Santiago (PT) defendeu a necessidade de votar a proposta. Em sua opinião, “essa é uma discussão central para a cidade e que, portanto, deve ser votada e aprovada pela Casa Legislativa”.

Ele se diz preocupado com o aumento da tarifa, caso a desoneração fiscal não vingue: “Nós temos que viabilizar esta isenção para garantir uma tarifa acessível à população soteropolitana”.