A criação de um Disque Acessibilidade é a proposta da vereadora Aladilce Souza (PCdoB) para a Secretaria Municipal do Urbanismo e Transporte (Semut). Já Implantado em Brasília neste mês, o serviço recebe denúncias sobre falta de acessibilidade na cidade.
Segundo a comunista, cerca de 600 mil pessoas com deficiência vivem na capital baiana, correspondendo a 20% da população geral. Construir esse canal de comunicação, diz ela, seria reconhecer as necessidades deste grupo, possibilitando que eles usufruam do pleno exercício de seus direitos.
Para ela, “as demandas da acessibilidade precisam ser atendidas de forma mais ágil pela prefeitura. Aacessibilidade depende de grandes mudanças culturais e de infraestrutura da cidade, promovidas por decisões governamentais, programas e políticas públicas”.
Outubro Rosa
Aladilce coordenou também uma sessão especial, na manhã desta sexta-feira, 11, em apoio ao movimento mundial conhecido como Outubro Rosa. O evento, realizado no Plenário Cosme de Farias e contou com a participação da vereadora e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Casa, Tia Eron (PRB) e da deputada federal, Alice Portugal (PCdoB), além do diretor de Esporte e Lazer da Secretaria Municipal de Educação, o ex-vereador Téo Senna.
Na opinião da legisladora “o câncer de mama é um grave problema de saúde pública em diversos países, inclusive no Brasil, onde ocorrem a cada ano cerca de 50 mil novos casos”, ressaltando a Lei Federal 12.732/12, que determina o direito de pacientes serem submetidos ao primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) em um prazo máximo de 60 dias após o diagnóstico.
Durante a sessão ela apresentou a Téo Senna a proposta da criação de um programa esportivo especial para mulheres que estão em tratamento e necessitam realizar atividades que as estimulem em seu dia a dia.
Além da política
Alice Portugal parabenizou a iniciativa da CMS: “A história da mulher permeia circunstâncias de perdas dos seus direitos e luta constante por sua defesa. Essa sessão está além da política e orienta a sociedade feminina no conhecimento do seu corpo”.
A presidente do Núcleo Assistencial para Pessoas com Câncer (Naspec), Romilza dos Santos, reforçou a importância do diagnóstico precoce, diante das altas incidências da doença, “que resulta em cerca de 11 mil mortes por ano no Brasil”.
O encontro contou ainda com apresentações artísticas da canção do Outubro Rosa interpretada por Elias Saiuê e uma atuação com as atrizes Preta Souza e Airã Reis em defesa da política para mulheres. Também foi apresentado o livro “Câncer não é uma sentença. É apenas uma palavra”, da escritora Sandra de Andrade, que venceu o câncer e hoje realiza palestras de incentivo à campanha contra a doença.
Também participaram da sessão a representante da Secretaria Estadual de Saúde, Maria Cristina Fonseca; a enfermeira da saúde da mulher, Julita Joventina; a representante da União Brasileira da Mulher, Rosa de Souza; a presidente do Conselho Regional de Enfermagem da Bahia, Luísa Castro, e líderes de associações de mulheres de bairros da capital baiana.