A declaração da manchete é do líder da Maioria, deputado Zé Neto (PT). A oposição diz o contrário, que há "quebradeira" no estado
Tasso Franco , da redação em Salvador |
20/08/2013 às 17:18
Líder da Maioria, deputado Zé Neto, em conversa com o BJÁ nesta terça-feira
Foto: BJÁ
A crise financeira do Estado da Bahia foi o tema mais debatido na sessão da Assembleia Legislativa do Estado nesta terça-feira, sem votações, e o líder do governo deputado Zé Neto (PT) diz que a questão é grave e atinge não só a Bahia, mas, vários outros estados da Federação. Ainda assim, apesar das criticas dos deputados da oposição sobre uma provável "quebradeira" do estado, o parlamentar destaca que a Bahia está em situação melhor do que muitos estados, inclusive Pernambuco, com capacidade de endividamente bastante aceitável.
"Todos os estados foram duramente impactados com a desoneração o que resultou numa perda de repasse no FPE em torno de R$100 milhões/ano e na perda de aproximadamente R$250 milhões/ano na arrecadação do ICMS diante da redução das tarifas de energia. O governo do estado tem feito a sua parte de forma correta, mas, tem sido atropelado pela crise internacional de 2008/2009 e por esses e outras medidas que não são de sua alçada", comentou para o BJÁ.
Zé Neto destaca que os ajustes anunciados pelo governador não afetam as áreas sociais, a saúde e a educação, e são menores do que os anunciados em outros estados. Admite que pode haver algumas alterações de investimentos, porém, nada que seja substancial. Sobre a polêmica com o vereador Pablo, de Feira de Santana, o qual o acusou de "ter Feira como feudo", Zé Neto diz que se trata de um noviço no PT e um mal agradecido.
"As pessoas precisam reconhecer o nosso trabalho para manter a influência dessa personalidade junto a cargos públicos. Agora, a decisão da administração estadual foi de mudar esse panorama em relação ao vereador e nada pude fazer desta feira", frisa o deputado.
A OPOSIÇÃO BRADA
O deputado Carlos Gaban foi a tribuna da Casa e disse que há um total descontrole administrativo no estado inclusive com a "perda de R$37 milhões na área de turismo por falta de projeto". Segundo Gaban, o qual mostrou um folheto da Conder em papel couchê sobre possíveis obras no estado classificando tal fato como desproposital "porque é uma propaganda mentirosa e cara" falta transparência e objetividade ao governo.
Para o deputado Carlos Geilson, PTN, "o governo está em estado de letargia, de indolência e de preguiça". Já o deputado Luciano Simões (PMDB) destacou que a transparência no governo Wagner é zero e até hoje não conseguiu as informações sobre os custos e as resoluções das "inúmeras e improdutivas" viagens do governador e comitiva ao exterior.
"Lamentável que esta Casa Legislativa através de sua Mesa Diretora tenha arquivado o documento que pedia esclarecimento sobre este fato"criticou.