Política

CMS volta a realizar sessão ordinária, mesmo com ocupação do MPL

Casa retorna aos trabalhos normais depois de 15 de paralisação
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 05/08/2013 às 18:37
As sessões voltaram a ser realizadas. No detalhe, o Colégio de Líderes
Foto: A. Queirós e Valdemiro Lopes

Depois de 15 sem sessões ordinárias a Câmara de Salvador voltou a funcionar normalmente na tarde desta segunda-feira, 5, mesmo com o plenário ainda ocupado por integrantes do Movimento Passe Livre (MPL). A decisão de retomar os trabalhos foi tirada durante reunião do Colégio de Líderes, pela manhã, no auditório do anexo Ed. Bahia Center.

Os ativistas do MPL permaneceram em peso nas galerias no decorrer da reunião, gritando palavras de ordem e exibindo cartazes. Vereadores da oposição como o líder Gilmar Santiago e Moisés Rocha (PT) e Fabíola Mansur (PSB) cobraram do prefeito ACM Neto maior rapidez para a audiência com os manifestantes, inicialmente marcada para a próxima quinta-feira, 9, comprometendo-se também a negociar o mesmo com o governador Jaques Wagner, pois essa audiência pública na Assembleia Legislativa foi agendada para quarta-feira, 8.

Os oposicionistas comemoraram a prevalência de sua tese, pois sempre defenderam o funcionamento da Casa, mesmo sob ocupação. De qualquer forma, todos destacaram a postura democrática da Mesa Diretora, em especial do presidente Paulo Câmara (PSDB), em concordar com o retorno das sessões.

Bacelar criticado

Mais uma vez, o ex-secretário da educação e deputado estadual João Bacelar (PTN) foi criticado por deixar o cargo às vésperas do início de uma investigação sobre atos cometidos em sua gestão. Arnando Lessa (PT) voltou a cobrar explicações ao parlamentar.

Gilmar Santiago se disse a favor da discussão e votação das pautas sobre a mobilidade urbana ainda nesta semana. Entre as principais reivindicações do MPL estão ampliação da frota de ônibus, redução imediata da tarifa para R$ 2,50, bilhete único durante 4 horas sem limite de zonas, coletivos 24h e reativação do Conselho Municipal de Transportes.

O petista pediu ainda a Neto que convide os integrantes do Movimento ainda nesta semana para discutir suas reivindicações: “Quero saber por que o prefeito ainda não chamou os integrantes do movimento para discutir as pautas. Por que não abre antes do dia 8 um canal de diálogo?”

Veto do ISS

A pauta de votações da CMS começou a semana travada, depois que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Kiki Bispo (PTN), emitiu parecer favorável ao texto do veto do Inposto Sobre Serviços (ISS) para construtoras e incorporadoras. A matéria, assim, fica pronta para ser apreciada em plenário, o que pode acontecer nesta terça-feira, 6.

A manutenção do veto, que garante isenção do imposto municipal para essas empresas da área da construção civil, é alvo de uma campanha entre os vereadores contrários ao benefício. Marcell Morais (PV), apesar de integrar a base do governo, declarou na tribuna seu voto pela derrubada do veto e conclamou outros situacionistas a segui-lo.