Com informações de A Tarde
A Tarde , Salvador |
20/06/2013 às 15:47
Clones do trânsito incendiados na Av Sete, em Salvador, nesta quinta-feira
Foto: Facebook
Os primeiros manifestantes do movimento Passe Livre já começaram a se movimentar entre o Campo Grande e a Arena Fonte Nova, no início da tarde desta quinta-feira, 20.
A manifestação foi organizada na tarde desta quarta, 19, no Passeio Público, por cerca de 250 pessoas de várias idades, a maioria jovens estudantes. O encontro mostrou uma clara divisão entre grupos ligados a partidos e movimentos estudantis e grupos de pessoas não alinhadas.
O primeiro ponto foi a pauta para o movimento, mas depois de ouvirem as manifestações de 51 inscritos, a maioria do grupo já havia perdido a paciência. Mas houve inversão dos pontos debatidos e por volta das 19 horas foi definida a rota da manifestação.
Os participantes da reunião admitiram a possibilidade de confrontos com a polícia, diante da proximidade das barreiras que serão instaladas num raio de 3 km ao redor da multi arena.
Em relação à pauta, ficou claro que as questões da mobilidade em Salvador predominaram em todas as falas.
A reativação dos conselhos municipais de transporte e das cidades foi citada como fundamental para implementar mudanças no transporte público em Salvador .
O passe livre estudantil, tarifa zero para passagens de ônibus, transporte 24 horas e a estatização do sistema rodoviário também foram sugestões defendidos e acatadas pelo grupo reunido.
Rafael Pitta, estudante de Arquitetura, cobrou o bilhete único prometido pelo prefeito ACM Neto durante a campanha. A estudante Andrea defendeu também a desoneração da passagem de ônibus em 25% na capital baiana, seguido a medida adotada pelo governo federal que eliminou PIS e Cofins do transporte rodoviário.
Partidos - O tom da maioria das pessoas presentes foi de recusa a bandeiras de partidos políticos e outras entidades na manifestação. Os representantes de diversos partidos defenderam suas posições, mas não convenceram a maioria.
André, estudante de Física e servidor público, definiu o movimento como apartidário, mas não como antipartidário, porque "esta postura é anti democrática", declarou. Disse ainda que a maioria dos participantes é apartidária e que pode garantir que o movimento tenha este caráter.
Disse ainda que os integrantes de movimento sociais podem contribuir com sua experiência e ajudar na organização, que ajudará quem participa deste tipo de manifestação pela primeira vez.
Enquanto isso, no mundo virtual, milhares de mensagens circulavam pelas redes sociais, numa organização paralela do movimento.