É inadmissível que, nos dias de hoje, os gestores ainda não tenham aprendido a gerenciar e investir corretamente o dinheiro público. Como se já não bastasse os desvios de verbas, parecem ignorar os gigantescos prejuízos causados por obras sem projetos ou com projetos mal feitos.

Como esquecer aquele “erro de cálculo” que impediu o encontro de um túnel com um viaduto, em Salvador no ano de 2005, consumindo mais de R$33 milhões?

O Metrô segue o mesmo rumo. O trajeto foi reduzido para a metade, o governo gastou duas vezes e meia o que era previsto para a obra inteira. A obra completou 13 anos - quatro vezes o tempo previsto e até agora não temos, e pelo visto não teremos, um Metrô que atenda as reais necessidades da terceira mais populosa cidade do país. Uma série de medidas básicas e necessárias, deixaram de ser tomadas na elaboração do projeto, a exemplo de um plano operacional.

A transposição do Rio São Francisco é outro exemplo da falta de respeito, de projeto e de competência. O nordeste enfrenta a maior seca dos últimos 50 anos, com mais de 1.400 municípios afetados e as obras estão abandonadas.

Fala-se na construção de uma mega ponte na Baía de Todos os Santos, ao custo de bilhões de reais enquanto a recém reconstrução do Estádio Octávio Mangabeira apresenta problemas com a chuva e, ao seu lado, um viaduto, antes mesmo de ser inaugurado, está trincado e escorado.

Senhores gestores, só precisando do básico: Educação, Saúde e Segurança. A violência está tomando conta das ruas.

Hendrik Aquino

hendrik@compos.com.br