Política

FESTA POLITICA marca lançamento do livro sobre Chico Pinto em Feira

No discurso Nilo traçou um breve perfil do homenageado, agradeceu a deferência do presidente da Câmara Justiniano França
PB , Feira de Santana | 27/05/2013 às 19:57
Presidente da Assembleia, Marcelo Nilo, fala sobre a trajetória politica de Chico Pinto
Foto: Moka
Esgotou em menos de 30 minutos os 450 volumes do livro “Chico Pinto, a Voz que Desafiou os Coronéis”, escrito pela jornalista Ana Tereza Baptista e editado em Feira de Santana, lançado na manhã de ontem em sessão especial da Câmara Municipal de Feira de Santana. 

Foi uma festa política marcada pelo elogio ao regime democrático, que Winston Churchill, disse ser “a pior forma de governo, exceto todas as anteriormente tentadas”, e ao papel do saudoso representante daquele município “na luta permanente de combate à ditadura brasileira e a outros ditadores sul-americanos, como o chileno Augusto Pinochet”, como frisou o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo.

No discurso ele traçou um breve perfil do homenageado, agradeceu a deferência do presidente da Câmara Justiniano França e a sugestão do deputado federal Colbert Martins para lançar ali, na Casa em que Chico Pinto iniciou a sua vida partidária, o perfil do saudoso feirense que integra a coleção “Gente da Bahia”, idealizada para resgatar a memória de baianos ilustres.

 O deputado Marcelo Nilo fez ainda uma rápida explanação sobre o programa editorial que o Legislativo executa, iniciado em 1998 na gestão do então presidente Antonio Honorato e que publicava de um a dois livros anuais.

Na sua gestão essa quantidade foi multiplicada, chegando a mais de um volume mensal, pois já estão à disposição das bibliotecas baianas – gratuitamente – 103 obras e outras 13 estão sendo impressas na Empresa Gráfica da Bahia. Para ele o resgate da memória e da cultura da Bahia e dos baianos é um imperativo que se soma às prerrogativas constitucionais do parlamento de fazer as leis e fiscalizar os demais poderes. 

O presidente da Assembleia agradeceu ainda as presenças de familiares e amigos de Chico Pinto, como da sua viúva Tais Alencar, do irmão, Antônio Pinto, e dos muitos amigos, correligionários, e admiradores que lotaram o local. Citou ainda as presenças do prefeito José Ronaldo, dos deputados federais Colbert Martins, dos estaduais Graça Pimenta, Carlos Geilson, Maria Luísa e Pastor José Arimatéia.

O discurso do peemedebista Colbert Martins que possui ligações históricas com Chico Pinto, aliado de seu pai, o igualmente saudoso prefeito e deputado estadual, foi um libelo em favor da democracia. Relatou a insubmissão da Câmara de Feira de Santana que se recusou a cassar (no pós 1964) o mandato de Chico Pinto, como queriam os militares – ele acabou expulso da prefeitura e um interventor foi nomeado, mas sem o concurso do Legislativo –, e da prisão de que Chico Pinto foi vítima por dizer em entrevista de rádio que “o ditador Pinochet era um bandido e um assassino de muitos chilenos”, como se comprovou largamente depois. Emocionado o deputado federal do PMDB elogiou o trabalho editorial do Legislativo e manifestou a sua alegria em encontrar ali reunida as “forças vivas de Feira de Santana. 

A quase totalidade dos vereadores , 19 presenças, dezenas de ex-vereadores, o ex-deputado Gerson Gomes, empresários, líderes comunitários e tantos outros que acreditam na política e na democracia como instrumento de mudança. E o povo: professores, estudantes, padres, diáconos, diretores de faculdades, pastores – admiradores de todas as classes sociais e preferências políticas. No encerramento a escritora autografou exemplares do livro no pátio interno da Câmara Municipal