A repercussão da queda da CPI do Futebol.
Tasso Franco , da redação em Salvador |
21/05/2013 às 19:51
Deputado Uziel lê nome dos parlamentares que retiraram as assinaturas
Foto: BJÁ
Toda ação política tem uma reação. Após a queda da CPI do Futebol, o líder do PT na Assembleia Legislativa, deputado Rosemberg Pinto, o qual teria sido o responsável pelo convencimento da retirada das 6 assinaturas que resultaram no fim da CPI chamou o deputado Uziel Bueno (PTN) de "delator" e outros adjetivos bem forte e vai requerer da Comissão de Ética da Casa Legislativa o impedimento do parlamenter no plenário da Assembleia, pois, no mesmo horário, segundo Pinto, "ele faz um programa num veiculo de comunicação".
Na mesma linha de Rosemberg atuou o deputado Paulo Rangel (PT), em dobradinha, para considerar Uziel um aventureiro e pedir explicações sobre seu comportamento na Casa e ao mesmo tempo num programa de televisão. Rangel passou todo o tempo da sessão desqualificando a abrangência da CPI, que considerou "inconstitucional" e repleta de tentativas de paixões do que de razão.
Para o deputado Luciano Simões (PMDB), o que houve foi um tiro no pé. Segundo o peemedebista, primeiroi teria vindo uma orientação do Executivo no sentido de apoiar a CPI de Uziel para "pegar" a direção do Bahia, especialmente o deputado Marcelo Guimarães Filho (PMDB). Depois, como a CPI tratava do futebol baiano e não só do Bahia, e envolvia financiamentos da Embasa, "uma empresa de água que gasta com futebol", e possíveis apurações sobre a Arena Fonte Nova e Pituaçu, mudou-se de ideia.
"O que aconteceu foi que veio uma ordem do Governo e também orientações da OAS/Odebrecht para não se fazer a CPI", comentou.
Para o deputado Uziel Bueno (PTN) foi lamentável que deputados que "me procuraram" e assinaram a CPI tenham recuado. Uziel leu os nomes dos deputados em plenário e comentou que um deles foi até seu gabinete. Mas, aida assim, o parlamentar destacou que fez seu papel, levantou um tema da maior importância, e infelizmente a casa legislativa não acolheu.
O deputado Sidelvan Nóbrega justificou a retirada de sua assinatura argumentando que o parlamento é assim mesmo, os deputados podem refletir melhor e mudar de opinião.
Jás o deputado sgt Isidório (PSB), sem comentar a retirada de sua assinatura, lamentou que o governo do Estado não esteja apoiando a Fundação Dr Jesus como deveria e "até os fornecedores de comida não querem mais entregar mercadorias e nós estamos passando necessidade", frisou.
