Política

VEREADOR diz que intervenções na Cidade Baixa são "obras de fachada"

Para Everaldo Augusto, o volume de recursos destinados para o Bate Estaca é muito pequeno
| 20/05/2013 às 20:44
Everaldo pede mais atenção da prefeitura para a Cidade Baixa
Foto: Limiro Besnosik

O vereador Everaldo Augusto (PCdoB) classificou como “obras de fachada” as intervenções anunciadas pelo prefeito ACM Neto na Cidade Baixa. O comunista promoveu uma audiência pública no bairro da Mangueira, no último sábado, 18, para ouvir a população sobre os problemas locais e criticou o volume de recursos destinados à região.

“Não há justificativa para esses baixos valores em uma região tão abandonada, vitimada por seguidas gestões municipais ruins. A Península de Itapagipe tem grande atrativo turístico, tem vocação para a indústria criativa e é uma área em potencial para a expansão da cidade”, protesta o edil.

Para ele, ao comparar os custos das obras da Avenida Centenário (58 milhões); da Avenida Vasco da Gama (56 milhões); e do canal do Imbuí (58 milhões), dá para se ter a dimensão do tratamento diferenciado da prefeitura com a cidade baixa. Em sua opinião, a população pode estar sendo vítima de um engodo e, mais uma vez, os bairros da Península Itapagipana poderão ser abandonados pela administração municipal.

“No lugar de obras de fachada a população itapagipana precisa é de macrodrenagem, coleta eficiente de lixo, investimentos em equipamentos culturais, postos de saúde e atração de empreendimentos econômicos para a região, além de obras de mobilidade urbana para acabar com os eternos engarrafamentos”, reivindica Everaldo.

O líder do PCdoB na CMS aponta os valores a serem aplicados numa primeira etapa de serviços como motivo de sua desconfiança. Serão R$ 200 mil para cobrir 1,7 Km do canal do Bate Estaca, recuperação de equipamentos públicos, como quadras e calçadas, melhoria da iluminação pública, acessibilidade, paisagismo urbano, espaços de lazer, esporte e convivência social.

“Nem com milagres estas obras serão feitas com estes valores”, diz. “Tudo indica que as obras anunciadas para o Uruguai e adjacências são mais uma jogada de marketing para compensar a paralisia da gestão municipal neste início de mandato. A população da cidade baixa quer os mesmos investimentos feitos em outros bairros da chamada ‘cidade alta”, completou.