Política

SINDIQUIMICA comemora meio século de lutas em defesa dos trabalhadores

Em sua fala, Paulo César ressaltou a greve do Pólo de 1985, a maior greve de um Pólo Petroquimico no mundo,
Tasso Franco , da redação em Salvador | 07/05/2013 às 09:49
O movimento sindical que liderou lutas memoráveis na política da Bahia e de onde surgiu nomes como o do governador Jaques Wagner comemorou no 1º de maio os 50 anos do Sindiquímica. Em sede reformada e reinaugurada, meio século de história reuniu lideranças sindicais e políticas no prédio do Tororó, ambiente onde a classe trabalhadora sempre foi e continuará a ser vanguarda.

Local onde “habitou” petroquímicos e petroleiros - nos tempos da unificação sindical - o coordenador geral do Sindipetro Bahia, Paulo César, relembrou algumas das lutas dos trabalhadores e o enfrentamento à ditadura militar que infelicitou o país, prendeu, torturou e matou brasileiros, entre estes muitos dirigentes sindicais. São 50 anos que jamais se apagarão da história da luta dos trabalhadores e da sociedade.      

Em sua fala, Paulo César ressaltou a  greve do Pólo de 1985, a maior greve de um Pólo Petroquimico no mundo, o impedimento da privatização da Nitrofértil em Camacari e LaranjeirasSE e a incorporação das duas plantas à Petrobrás, que passaram a se chamar Fafen. A negociação e pagamento da Cláusula Quarta e, mais recentemente, a anistia aos demitidos da greve de 1985 são também parte da história dos 50 anos do Sindiquímica.

Sobre a Unificação com os petroleiros, o coordenador do Sindipetro Bahia ressaltou que foi um projeto ousado e que criou o maior sindicato do Norte e Nordeste, “período de grande aprendizado e crescimento na minha vida sindical”. Para ele, a Unificação não foi um projeto errado, apenas os dirigentes sindicais, ainda sem a devida maturidade para assumir os riscos e enfrentar as dificuldades de um projeto dessa magnitude,
não souberam como executá-lo em sua plenitude.

A solenidade de comemoração dos 50 anos da entidade fez um registro e uma homenagem aos companheiros Jorge Franca e Rivas, que morreram em acidente de carro quando retornavam de uma atividade política no interior do estado.