Política

Dilma lamenta morte de Niemeyer e oferece Palácio para o velório

Últimas homenagens serão na cidade projetada pelo arquiteto
Nara Franco , da redação no Rio de Janeiro | 05/12/2012 às 23:31
A presidenta Dilma Rousseff ligou para a viúva do arquiteto Oscar Niemeyer logo que soube de seu falecimento. Dilma prestou solidariedade da família e ofereceu o Palácio do Planalto para o velório. Junto com o urbanista Lúcio Costa, Niemeyer projetou a cidade que hoje é sede do Governo Federal e capital do país.

No Blog do Planalto, a presidenta divulgou uma nota, lamentando a perda de Niemeyer:

“A gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem”, dizia Oscar Niemeyer, o grande brasileiro que perdemos hoje. E poucos sonharam tão intensamente e fizeram tantas coisas acontecer como ele.

A sua história não cabe nas pranchetas. Niemeyer foi um revolucionário, o mentor de uma nova arquitetura, bonita, lógica e, como ele mesmo definia, inventiva.

Da sinuosidade da curva, Niemeyer desenhou casas, palácios e cidades. Das injustiças do mundo, ele sonhou uma sociedade igualitária. “Minha posição diante do mundo é de invariável revolta”, dizia Niemeyer. Uma revolta que inspira a todos que o conheceram.

Carioca, Niemeyer foi, com Lúcio Costa, o autor intelectual de Brasília, a capital que mudou o eixo do Brasil para o interior. Nacionalista, tornou-se o mais cosmopolita dos brasileiros, com projetos presentes por todo o país, nos Estados Unidos, França, Alemanha, Argélia, Itália e Israel, entre outros países. Autodeclarado pessimista, era um símbolo da esperança.

O Brasil perdeu hoje um dos seus gênios. É dia de chorar sua morte. É dia de saudar sua vida.

Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil