Política

Relator quer nome original do Aeroporto de Ipitanga em Salvador, 2/7

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| 23/08/2012 às 09:28

Uma manobra regimental utilizada pelo DEM impediu a votação na Comissão de Educação e Cultura da Câmara Federal, ontem (22), do projeto de lei que propõe o retorno do Dois de Julho à denominação do aeroporto de Salvador, mas o deputado Waldenor Pereira (PT-BA) fez a leitura do seu relatório e avaliou que esse foi mais um passo significativo na perspectiva da aprovação da proposta.


 Depois de pedir vistas do projeto, na sessãode 4 de julho passado, o DEM derrubou hoje o quórum da sessão na comissão, mas não impediu a leitura do relatório e um amplo debate sobre o projeto, do qual participaram, os deputados baianos Jean Wyllys (PSOL), Alice Portugal (PCdoB), além de Waldenor Pereira e do autor da proposta, Luiz Alberto (PT). Contaram também com o apoio de Chico Alencar (RJ- PSOL).


Na defesa da aprovação do PL nº 6.106, de 2002, o relator argumentou que a sua aprovação resgatará o nome original do aeroporto de Salvador, instituído pela Lei nº 2.689, de 20 de dezembro de 1955, sendo permanecido por 43 anos, e que não se trata de desqualificar o homenageado do nome atual. "Mesmo porque o nome do ex-deputado Luís Eduardo Magalhães já se encontra epigrafado em centenas de edifícios, estabelecimentos, logradouros públicos e localidades", reforçou.


 O relator pede a aprovação do projeto com argumentação lastreada na história e na cultura da Bahia. Ressalta que o 2 de Julho é a data magna do povo baiano e, não fosse pelas distorções longamente perpetradas por uma historiografia que exagera os feitos das elites e ignora o protagonismo do povo, certamente seria reconhecida e celebrada em todo o país como uma das datas de maior relevância entre as que comemoram o doloroso, mas também valoroso processo em que se forjou a nacionalidade. "Ocorre ainda que o 2 de Julho celebra a vitória de uma luta que foi ao mesmo tempo luta nacional e luta popular", reforçou Pereira