Mais uma tarde de confusão na Câmara de Salvador. Apesar do acordo feito entre as lideranças das bancadas do governo e oposição para votar 30 matérias classificadas como “não polêmicas”, o vereador Alcindo da Anunciação (PT) conseguiu obstruir a sessão desta quarta-feira, 1º, e nada foi aprovado.

O petista protestava contra a não inclusão na ordem do dia do projeto de lei 45/12, de sua autoria, que torna obrigatória a “sabatina” de dirigentes de empresas, superintendências, autarquias e fundações municipais pelo Legislativo, antes de serem nomeados para seus cargos.

Ficaram para a próxima semana, portanto, proposições sobre reconhecimento ou renovação de títulos de utilidade pública para organizações não governamentais.

Até houve uma tentativa de acordo. Pressionado por dirigentes de quatro entidades presentes à reunião, Alcindo propôs a apreciação dos projetos de interesse do Instituto Guanabara (autoria de Alfredo Mangueira, PMDB), Núcleo Assistencial para Pessoas com Câncer (Téo Senna, PTC), Ajuda Social à Criança (Pedro Godinho, PMDB) e Associação Educacional Social Ágape (Alberto Braga, PSC).

Os demais edis, porém foram contra, defendendo tratamento igualitário para todas as ONGs, pois, segundo argumentaram, algumas delas há meses sem receber recursos por falta de regularidade com os títulos de utilidade pública.

Diante do impasse, os vereadores convocaram os representantes de todas as instituições interessadas para acompanhar o debate na próxima sessão ordinária, para não pairar dúvidas sobre a responsabilidade do acordo não ter sido cumprido.