O vice-presidente da República, Michel Temer, presidente nacional do PMDB licenciado, disse no início da manhã desta quinta-feira (28), em Salvador, que as disputas pelas prefeituras na eleição deste ano "não vão contaminar a aliança nacional" entre o PMDB e o PT. Ele informou ter conversado a respeito do assunto com a presidente Dilma Rousseff acertando essa "regra".
Temer informou que não sabe se Dilma vai participar da campanha municipal, mas ele, sim. "Sou um dirigente licenciado, mas estou na presidência do PMDB há onze anos, tenho uma militância partidária de 30 anos, então é difícil que, a essa altura, não se possa participar. Em geral os agentes públicos, participam. Acho saudável que as autoridades constituídas trabalhem por aqueles que vão se constituir".
Temer veio a Salvador para manifestar seu apoio ao candidato do PMDB à prefeitura, Mário Kertész, que terá a candidatura homologada nesta sexta.(A Tarde)
A convenção do partido, que vai homologar a candidatura de MK, acontece nesta sexta-feira (29), mas como Temer ocupará a presidência do País em substituição a Dilma Rousseff, ele decidiu falar com a imprensa sobre o apoio do partido nesta quinta.
Para Temer, Kertész vai contribuir para trazer recursos para Salvador. "Pela figura que Mário é, pelo seu desenvolvimento, acredito que o governo federal vai contribuir muito com a gestão trazendo recursos para Salvador", afirmou.
O vice-presidente foi questionado sobre o apoio de Dilma Rousseff (PT) à Mário Kertész e respondeu que não houve uma conversa, mas que o PMDB nacional dará todo o apoio, o que foi comemorado pelo presidente de Pessoa Jurídica da Caixa, Geddel Vieira Lima.
"O PMDB mostra que vai disputar a eleição com força total, com apoio do PMDB nacional, com seus melhores quadros e com o melhor candidato. E isso que as pessoas falam que nós vamos sozinhos vai mostrar ser uma grande virtude. Não vamos ter que ficar loteando desde agora espaço em uma futura administração", disse Geddel.
"Estamos apresentando um candidato que é mais qualificado, que não quer, como o candidato do Democratas, usar a prefeitura como trampolim para o governo do estado, que não quer ser deputado, governador ou senador", disse.
Já Kertész afirmou que se sente fortalecido com o apoio nacional do partido, também refutou a ideia de o PMDB estar isolado e negou que tenha medo do "time de Lula". "De jeito nenhum. Lula é meu amigo pessoal. Fiz campanha para ele em 2002. Não tenho medo de Lula nem do time dele, nem de Wagner, que é meu amigo pessoal também. Eu circulo em todos os meios. O prefeito de Salvador tem que ter essa capacidade de cirular, ele nao pode ficar isolado por conta de um partido", defendeu. (Metro 1)