O lider da oposição na Assembleia Legislativa, deputado Paulo Azi, DEM, afirmou nesta segunda-feira, 11, no plenário da Casa que o governo do Estado, nos últimos demonstrativos do caixa da SEFAZ, em abril, tem registrados R$936 milhões para serem usados na educação, daí não entender o argumento do governador Wagner em dizer que não há recursos para conceder o reajuste de 22% nos salários dos professores, e contribuir para o impasse da greve que já dura 61 dias.

   Ainda segundo Azi, a Assembleia se omitiu diante da greve dos professores, não debateu o assunto, não fez uma reunião na Comissão de Educação, e se comportou "estupidamente".

   Azi também critou a postura do deputado Rosemberg Pinto, PT, o qual "dá declarações completamente fora da realidade sobre o desempenho do governo e a greve" e disse que o governo do Estado age de forma obscura tratando a verba do Fundo de Manutenção do Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profressores (Fundeb), como "uma autêntica caixa preta".

   Para o deputado José Raimundo (PT), o qual foi a tribuna rebater as criticas de Azi, sobretudo em relação a falta de transparência do Fundeb, "se há uma caixa que não é preta é a do Fundeb, pois, é de vidro e bastante transparente". José Raimundo explicou que há um controle e acompanhamento das verbas e dos aplicativos do Fundeb, inclusive havendo um conselho com representantes de diversos segmentos da sociedade que acompanha esse desempenho.

   No entendimento de José Raimundo o discurso de Azi é daqueles feito apenas para fazer confusão na cabeça das pessoas. No entendimento de Azi, não há nada de confusão e sim falta absoluta de transparência, tanto que a bancada da maioria vetou a vinda do secretário da Educação à Assembleia para falar na Comissão de Educação.

  A deputada Kely Magalhães (PCdoB), presidente da Comissão de Educação, antes de Azi subir a tribuna falou que a greve chegou a um ponto de limite máximo e a Assembleia dos Professores decidirá nesta terça-feira sobre o episódio. A deputada não contestou o argumento de Azi da "completa omissão da Comissão de Educação diante da greve".

   

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