Política

Deputado culpa Central de Regulação da Sesab pela morte do cantor Beto

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| 08/06/2012 às 10:24

Após a notícia da morte do músico e compositor Beto Silva, ocorrida no último dia 02 de junho, o líder do DEM/PMDB na Assembleia Legislativa, deputado Luciano Simões, apresentou moção de repúdio a Central de Regulação da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab). "A Bahia e o Brasil acabaram de perder mais um criativo talento do cenário musical, que padeceu na espera da transferência para uma unidade cardiológica. A estrutura da saúde pública estadual falhou. Triste Bahia! Hoje ainda mais triste e dessemelhante", enfatizou o parlamentar. 

O pemedebista relata que, desde a sua implantação nos primeiros anos do atual governo Jaques Wagner, a Central de Regulação da Secretaria da Saúde - órgão responsável pela distribuição dos doentes em estado grave que procuram a rede pública -, sofre críticas severas, principalmente por parte de usuários e de seus familiares. 

Luciano Simões conta ainda que o Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), culpa a crise na rede de saúde do Estado pela morte de Beto Silva, vítima de problemas cardiológicos. "O Sindimed observa que não é possível dizer que a morte poderia ter sido evitada, mas assegura que o Estado, através da Central de Regulação, negou assistência especializada ao músico autor do sucesso Prefixo de Verão, que tanto ajudou a difundir a marca turística da Bahia", destaca o deputado. 

Beto Silva foi internado no último dia 30 de maio no Hospital Geral do Estado (HGE) com complicações cardíacas, e aguardou até o dia 2 de junho, quando morreu de infarto, não sendo autorizada a sua transferência para o Hospital Ana Nery, referência na área cardiológica. "A Central de Regulação da Sesab não relocou o cantor de forma a dar-lhe a assistência exigida e merecida, concluindo que foi mais uma vítima da falta de atendimento do bruto sistema de saúde estadual. Por causa da intervenção do Sindimed e também da própria fama, a morte de Beto Silva projeta-se sobre a dos que falecem implorando tragicamente para serem atendidos sem que o Estado os atenda", repudiou Simões.