Política

CÂMARA FAZ SESSÃO ESPECIAL COM DEBATE SOBRE LUTAS DOS ENFERMEIROS

| 25/05/2012 às 23:24
A sessão especial marcou a passagem do Dia do Enfermeiro
Foto: George Sami

Uma sessão especial, realizada nesta sexta-feira, 25, marcou a passagem do Dia do Enfermeiro (comemorado em 12 de maio), no Salão Nobre da Câmara Municipal, com o debate de dois projetos de interesse dos profissionais de saúde em tramitação na Câmara Federal.

Um deles institui a jornada de trabalho de 30 horas semanais para os enfermeiros (PL 2295/2000) e o outro estabelece piso salarial para a profissão (PL 2573/2011). A aprovação das matérias foi destacada pela vereadora Aladilce Souza (PCdoB), propositora do encontro, como “imprescindível para os enfermeiros”.

Para a comunista, enfermeira por formação, o regime atual, de 44 horas, é muito sacrificante: “Prejudica principalmente a assistência aos pacientes. Os trabalhadores já possuem rotinas duras, dobram plantões e isso influencia na qualidade de vida dos trabalhadores. É de extrema importância a aprovação deste projeto”.

Também participaram da reunião a deputada federal Alice Portugal (PCdoB/BA); a presidente da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), Solange Caetano; a representante do Conselho Regional de Enfermagem, Maria José Cova; e a representante do Sindicato dos Enfermeiros do Estado da Bahia, Lúcia Duque.

Menos concentração

A presidente da FNE lembrou a pesquisa feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o estudo, após seis horas em exercício, o trabalhador perde concentração. “Imagine os enfermeiros, categoria em que a grande maioria possui dois trabalhos com uma jornada pesada em cada uma das atividades. É perigoso até para o paciente que está sendo atendido”, afirmou.

Uma carta compromisso assinada pela presidente Dilma Rousseff, quando ainda era candidata, é usada pela FNE para persuadir os deputados federais a entrarem em acordo para a apreciação dos projetos. “Eles dizem que vão cumprir o que foi prometido, mas não dão prazos. Pode ser amanhã ou pode ser no último ano de governo. Precisamos dar celeridade a esse processo”, defendeu Solange.