Política

PROFESSORES EM GREVE PROTESTAM NA PIEDADE VENDENDO CEBOLAS E TOMATES

vide
| 03/05/2012 às 16:01
Cartaz diz que em outubro próximo (eleições) Wagner vai se amargurar
Foto: Rep TV Bahia

Em greve pelo 23º dia, os professores da rede estadual de ensino se mobilizaram nesta quinta-feira (3), na Praça da Piedade, em Salvador. A Feira da Sobrevivência, como a ação foi batizada pelos professores, reuniu mais de mil pessoas, segundo informações de Rui Oliveira, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB).

Professores em greve vendem frutas e verduras em protesto em Salvador (Foto: Reprodução/ TV BA)Ação visa reforçar dificuldades dos professores com salário atual (Foto: Reprodução/ TV BA)

Quinze barracas foram montadas para a comercialização de frutas, legumes e verduras, doados por feirantes de São Joaquim. Em assembleia realizada na quarta-feira (2), os professores decidiram manter o movimento grevista.

Um novo encontro da categoria está previsto para segunda-feira (7). Antes, no domingo (6), os professores distribuirão uma carta à comunidade nas proximidades do estádio de Pituaçu, onde será realizado o clássico do futebol baiano BAVI.

Reivindicações

Professores Bahia (Foto: Reprodução/ TV Bahia)Professores pedem aumento de 22,22% (Foto: Reprodução/ TV Bahia)

Os professores querem reajuste de 22,22% no piso nacional. Eles alegam que o governo fez acordo com a categoria que garantia os valores do piso nacional, ocorrido em novembro do ano passado, e depois ignorou, mandando para a Assembleia um projeto de lei com valores menores. No dia 25 de abril, os deputados aprovaram o projeto enviado pelo executivo que garante o piso nacional a mais de cinco mil professores de nível médio.

A greve já foi considerada ilegal pela Justiça e o governo já disse que vai cortar o ponto dos grevistas, caso eles não voltem ao serviço. O departamento jurídico do sindicato da categoria (APLB) deu entrada em uma ação com pedido de liminar à Justiça na tentativa de derrubar a ordem que impõe multa diária de R$ 50 mil até encerramento da greve. Segundo o presidente do sindicato da categoria, Rui Oliveira, se houver corte dos salários, os professores não vão repor as aulas perdidas durante a paralisação. O Ministério Público fez uma reunião no dia 24 de abril e se colocou à disposição para mediar o impasse entre a categoria e o governo. (G1)