Ocorreu hoje (19), na Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Estado da Bahia, a audiência pública "Rio + 20, Expectativas e Desafios". Na ocasião, o presidente da Comissão de Meio Ambiente e da Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara dos Deputados, José Sarney Filho (PV), protestou contra o atual Código Florestal.

"Ao mesmo tempo em que o Brasil é anfitrião desta reunião global sobre meio-ambiente, "o país está indo na contramão da história, pois diversos países tomam iniciativas para preservação de seus biomas e o Congresso Nacional está flexibilizando esta proteção no país, pois a proposta atual que tramita na Casa é um Código Florestal desvirtuado", protestou.

Vice-presidente da Comissão de Meio-Ambiente da Assembléia Legislativa, o deputado estadual Luizinho Sobral acha de "suma importância a Rio + 20 ter como um dos focos a erradicação da fome, conforme divulgado pelo deputado José Sarney Filho.

Afinal, o meio-ambiente degradado favorece a miséria. Por exemplo, como não contamos com políticas públicas de prevenção aos períodos de seca, como a proposta que já encaminhei às autoridades competentes visando a perenização dos rios Verde e Jacaré, na região de Irecê (com a implantação do Plano Diretor de Recursos Hídricos das bacias destes rios, elaborado em 1995 e nunca colocado em prática), a população do semiárido baiano sofre historicamente com as mazelas do período de seca. E, agora, quando enfrentamos a prior seca dos últimos trinta anos, com 195 municípios baianos em estado de emergência, mais uma vez temos somente como alternativas medidas emergenciais e paliativas, como os carros-pipas", afirmou.

"Se a adutora do São Francisco, por exemplo, que era  para estar pronta há mais de dois anos, já estivesse entrado em funcionamento, pelo menos alguns municípios hoje estariam em situação menos grave", frisou.  A audiência foi coordenada pelo presidente da Comissão, Adolfo Viana, e contou com a presença do presidente do PV na Bahia, Ivanilson Gomes e do superintendente do Ibama na Bahia, Célio Costa Pinto, do ex-deputado federal Édson Duarte, além de representantes de entidades ambientalistas.