vide
Antonio Balbino (centro) governou a Bahia na década de 1950
Foto: Arquivo
A Assembleia Legislativa comemora, no dia 19, às 9h30min, com uma sessão especial, o centenário de nascimento do ex-governador Antônio Balbino, um dos políticos brasileiros mais importantes do século passado e um verdadeiro ícone da modernização administrativa, cultural e política da Bahia, ocorrida a partir de meados dos anos 50.
A sessão foi solicitada pela deputada Kelly Magalhães (PCdoB), natural de Barreiras como o ex-governador, e pretende reverenciar o legado deixado por Antônio Balbino para as gerações que o sucederam.
Balbino foi deputado estadual, federal, ministro da Educação e Saúde, Cultura, Indústria e Comércio, e ainda ministro interino da Saúde e da Fazenda - bem como consultor geral da República, senador e governador da Bahia, de 1955 a 1959. Ele integrou a base de apoio do presidente Getúlio Vargas, com quem manteve longa ligação política, até o suicídio do ex-presidente da República.
Na Bahia, se destacou em termos administrativos com a criação da Comissão de Planejamento Econômico (CPE), com a construção do Teatro Castro Alves (TCA), do Museu de Artes e História da Bahia e da Maternidade Tsylla Balbino. Durante a sua gestão, o então governador também concluiu a rodovia asfaltada Ilhéus-Itabuna, eixo da região Sul que estava no auge do poder da cacauicultura - principal fonte de receita da Bahia - e abriu ao tráfego outros 1.477 quilômetros de rodovias. Nascido em Barreiras, ele deu início ao processo desenvolvimentista do Oeste da Bahia, região até então quase sem vínculos com o resto do estado.
Ele deixou a vida pública em 1971, quando encerrou a atividade política militante e voltou a exercer a advocacia, no Rio de Janeiro. Porém, nunca abandonou Barreiras, município no qual tornou-se proprietário das terras que haviam pertencido a seu tio Geraldo Rocha, nas quais instalou o mais importante núcleo agropecuário da região do Além São Francisco. Antônio Balbino foi casado com dona Tsylla Balbino e teve duas filhas - Solange e Zizete. Atualmente, elas residem, respectivamente, no Rio e em Salvador. O ex-governador, ex-deputado estadual, federal e ex-ministro faleceu no Rio de Janeiro, no dia 5 de maio de 1992.