A audiência discutiu os problemas de acessibilidade de Salvador
Foto: George Sami
A Câmara de Salvador realizou na manhã desta quarta-feira, 18, uma audiência pública para discutir os problemas de acessibilidade existentes na cidade, principalmente para deficientes físicos e idosos. A reunião, ocorrida no Centro de Cultura da CMS, foi convocada pela vereadora Vânia Galvão (PT), líder da oposição na Casa.
O objetivo, disse a edil, foi encontrar soluções para estimular a conscientização da população e dos poderes públicos o respeito a esses segmentos. Ela lembrou também da aprovação do projeto de lei, de sua autoria, criando credencial para idosos serem identificados nas vagas de estacionamentos da Zona Azul. A regulamentação da lei, no entanto, esperada para 1º de novembro de 2011, até hoje não saiu.
Representante da Comissão Civil de Acessibilidade de Salvador (Cocas), Wilson Cruz apresentou as dificuldades enfrentadas pelos deficientes nas ruas da capital baiana. Citou como exemplos a falta de educação de motoristas e cobradores de coletivos, ônibus parados distante dos passeios, buracos e impaciência dos usuários de transportes públicos com a entrada de pessoas portadoras de deficiência.
Mudança de culturaMarcos Barroso, coordenador da Associação dos Aposentados e Pensionistas da Bahia, defendeu maior conscientização da população e dos poderes públicos para garantir os direitos dos idosos. Segundo ele, “essa mudança tem que ser cultural na sociedade. Devemos começar um trabalho de conscientização”.
A gerente de Educação da Transalvador, Mirian Bastos, prometeu levar todos os problemas mostrados no debate público ao superintendente do órgão, Alberto Gordilho. “Fizemos algumas ações que, muitas vezes, não alcançaram o resultado esperado. Para conseguirmos melhorias significativas, contamos com o apoio da sociedade civil organizada”, disse.
Para a representante da Secretaria Municipal dos Transportes e Infraestrutura (Setin), Silvia Martins, muitos avanços já foram alcançados, mas a mudança de pensamento dos cidadãos é lenta. “O deficiente, historicamente, sempre foi deixado de lado e à margem da sociedade. Isso está mudando. A Setin se preocupa com a questão, tanto que eu, uma pessoa com deficiência, fui chamada para participar deste processo. Muita coisa já melhorou, mas precisamos da resposta de vocês para continuarmos avançando”, concluiu.