Política

Deputado Paulo Azi sai em defesa de Pedro Lino contra Solla

Segundo Azi, MP tem que agir
| 14/04/2012 às 13:02

"O secretário de saúde Jorge Solla repete a estratégia do governo
estadual de confrontar o Tribunal de Contas do Estado, quando há qualquer
manifestação de algum conselheiro que lhe seja desagradável", observa o deputado
estadual Paulo Azi (DEM), sobre os ataques do auxiliar do governador Jaques
Wagner ao conselheiro Pedro Lino.

"O secretário, como é de seu perfil, não se limita a contestar a
posição do conselheiro no caso dos pagamentos previdenciários feitos pelo estado
a uma entidade que tem  isenção dessas obrigações, mas investe
pessoalmente contra o conselheiro com ofensas, que mereciam uma posição do
colegiado", diz Azi.


Para o parlamentar democrata, é muito estranho que, enquanto
o  conselheiro  do Tribunal defenda  o
governo ao mostrar a possibilidade de redução  dos custos
contratuais daqueles contratos, um secretário prefira tomar uma posição
contrária, adotando um procedimento que aumenta as despesas governamentais.


"A posição do secretário é um verdadeiro convite as outras
entidades que não cobram esses custos para que passem a cobrar imediatamente,
inclusive os atrasados, o que significará aumento substancial de despesas",
alerta o deputado estadual.


Na opinião de Azi, em vez das ofensas pessoais ao conselheiro,
inéditas na política baiana, o secretário deveria era explicar as inúmeras
irregularidades em sua pasta.


A lista é grande, mas o deputado estadual destaca as seguintes:
renovação contínua de contratos de terceirização de mão de obra sem licitação,
pagamento ilegal de juros de empréstimos feitos por entidades privadas para
cobrir atrasos de pagamento da SESAB,  a contratação oculta de
obras de engenharia em licitações que previam apenas a contratação 
da gestão de unidades de saúde, como no caso do Hospital Eládio Lassere,
custos milionários  em contratos também sem licitação do Programa
Saúde em Movimento.


"Está na hora de o Ministério Público tomar uma posição enérgica
contra esse descalabro administrativo", afirma Azi.