Política

COMISSÃO DE REPARAÇÃO DA CÂMARA QUER MELHOR SAÚDE À POPULAÇÃO

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| 07/09/2011 às 08:08
Vereadora Marta Rodrigues (PT) durante encontro
Foto: DIV
  (Por Limiro Besnosik)

  Instituir políticas de saúde para reverter a atual situação de desamparo das populações de Salvador predominantemente negro-mestiça foi o foco da reunião realizada pela Comissão de Reparação da Câmara de Salvador na manhã desta terça-feira, 6. Entre as ideias sugeridas estão a inclusão da Assessoria da Promoção da Equidade Racial na Saúde (Aspers) no organograma da Secretaria de Saúde da capital e a oficialização da Política Municipal da Saúde Integral da População Negra.

  De acordo com a vereadora Marta Rodrigues (PT), presidente da Comissão de Reparação, a precariedade da assistência à saúde aos afrodescendentes pode ser traduzida em números. Dados da Secretaria de Vigilância à Saúde do Ministério da Saúde apontam, por exemplo, que 43,92% das mulheres vítimas fatais por eclampsia são negras, enquanto apenas 13,14% são brancas, citou.


  Maria Cândida Queiroz, responsável pelo Programa de Doença Falciforme da SMS, defendeu a necessidade de solucionar esses tipos de negligências:  "Precisamos evitar o numero de óbitos e suprir a demanda de carência da nossa população".


  O encontro, que contou ainda com a presença de representantes governamentais e do edil Odiosvaldo Vigas (PDT), vice-presidente da Comissão, elaborou um relatório de solicitações a ser encaminhado ao secretário municipal da Saúde. Marta expressou seu desejo de obter a regulamentação de todas as reivindicações até novembro, como forma de marcar mais efetivamente as comemorações do novembro negro e do Ano Internacional dos Afrodescendentes, instituído pela Organização das Nações Unidas.


   A técnica da Secretaria de Reparação Racial (Semur), Ygayara Cabral relatou as dificuldades enfrentadas pelos com moradores da Ilha de Maré, onde as pessoas não têm como se deslocar por falta de atracadouro e embarcações à disposição da comunidade e o socorro é feito através da boa vontade e solidariedade de proprietários de barcos. Além disso, os idosos não têm direito à gratuidade no transporte público, no caso, os barcos.