Preocupado com o alto índice de ocorrências na Bahia das explosões de caixas eletrônicos, em ações praticadas pela marginalidade - que vem sendo combatidas pelas instituições bancárias do país com a inutilização das notas, através de tinta cor-de-rosa - o deputado Leur Lomanto Jr. (PMDB) apresentou à Secretaria Geral da Mesa uma indicação sugerindo a promoção de uma ampla campanha publicitária que oriente a população a não receber as notas sujas com esta tinta.

Conforme Leur Jr., é preciso que entidades, como o Banco Central (BC) e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) alertem de forma incisiva os cidadãos a não receberam as cédulas. A divulgação seria um complemento à medida de segurança que tenta coibir os crimes nos caixas eletrônicos. Leur Jr. atribui a continuidade dos ataques, justamente ao fato de as pessoas sem nenhuma relação com os assaltos receberem por desconhecimento, o dinheiro manchado.

Segundo o peemedebista, é louvável a determinação dos bancos de invalidar as notas com tinta, após as explosões nos caixas, porém muitas pessoas não sabem que não deveriam mais receber esse dinheiro. "Portanto um comerciante ou consumidor pode e deve se recusar a receber essas cédulas manchadas de rosa, embora elas permaneçam com valor", lembrou. Para Leur Jr. é preciso "urgentemente" que a Febraban e o Banco do Brasil apresentem para a população aspectos operacionais sobre a retenção de cédulas danificadas pelo sistema de segurança.

"A população não pode e não deve pagar um preço alto pela não informação", afirmou, enfatizando ainda o alto desconhecimento dos consumidores desses detalhes, pois essa modalidade de crime e as providências dos bancos são relativamente recentes.