No dia 3 de junho, às 16h, na Reitoria da UFBA, será lançado o livro e a exposição fotográfica "Esta Bahia nunca mais", celebrando os 10 anos do Maio Baiano. Não estávamos no período da ditadura militar, mas a repressão sofrida por estudantes, movimentos sociais e políticos de esquerda parecia com o regime militarista vivido pelo país nas décadas de 60 e 70. Uma série de fatos marcou o mês de maio de 2001, quando a sociedade baiana foi às ruas em protesto ao caso da violação do painel do senado e contra o cenário político da época.
O parlamentar petista, Marcelino Galo, apoia a iniciativa e destaca a atuação dos envolvidos nas manifestações e a intervenção da polícia - que resultou em cenas de violência e desrespeito às pessoas e instituições como a UFBA. "Temos que lembrar o que aconteceu para que assim possamos evitar que novos confrontos como esse aconteçam em uma sociedade democrática e que tem todo o direito de se expressar. A sociedade atual não pode fechar os olhos para o que aconteceu na UFBA em 2001, centenas de pessoas ainda convivem com os traumas deixados pelas bombas e cassetetes tiranos, isso não se pode esquecer", declara Galo.
Em consequência da abordagem policial, a situação ganhou repercussão nacional e apoio de diversos setores da sociedade. As ações chegaram a envolver milhares de pessoas, que se somavam ao longo de cada ato. As cenas chocaram o país e a indignação prevalece até os dias de hoje.