O prefeito de Salvador, João Henrique, teve uma reunião hoje (24), no Ministério da Saúde, com o secretário de Atenção a Saúde Básica do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães.
A reunião contou com a presença do secretário estadual de Saúde, Jorge Solla, do chefe da Casa Civil, João Leão, do secretário municipal de Saúde, Gilberto José, e do superintendente-adjunto das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), José Eduardo Acedo.
"Esta reunião demonstra a sintonia entre os governos municipal, estadual e federal no intuito de resolver as demandas da população de Salvador", frisou João Henrique.
Acedo julgou a iniciativa como "importante para resolver as questões urgentes das Osid". O pleito é uma recomposição do teto financeiro global da saúde, com um reajuste de R$66.286.183,79. Esta solicitação da Prefe itura visa aumentar o repasse para as entidades filantrópicas que realizam atendimento na área de saúde.
Este valor representa o déficit anual existente, com base em dados de 2010, entre o repasse do Ministério da Saúde e o total do valor dos serviços de saúde executados pelas filantrópicas conveniadas com a Prefeitura de Salvador, além das que recebem repasse por produção.
ESTADUALIZAÇÃO
O secretário estadual de Saúde, Jorge Solla, surpreendeu a todos hoje, durante reunião no Ministério da Saúde com a presença do prefeito João Henrique (PP) e de deputados baianos para discutir a crise dos hospitais públicos geridos pelo município, ao apresentar proposta de estadualização do sistema.
Apesar do clima de harmonia no grupo, que foi recebido pelo secretário executivo de Atenção à Saúde do Ministério, Helvécio Magalhães, a sugestão do secretário estadual foi o ponto mais polêmico do encontro.
Segundo Solla, apesar de representar um retrocesso com relação ao conceito da gestão plena da Saúde, para enfrentar a crise, os governos do Estado e de Salvador deveriam fazer uma gestão compartilhada dos hospitais federais e filantrópicos hoje geridos pela capital baiana.
O prefeito João Henrique habilmente sugeriu que fosse criado um grupo de trabalho, com participação de Estado, município e parlamentares, a fim de detalhar a proposta e encaminhar a solução mais adequada para a crise, hoje considerada crônica.
Depois de uma explanação de João Henrique sobre os problemas vividos pelo município, Solla apresentou mais nove propostas para tirar o sistema da crise, entre as quais o aporte de R$ 66 mi ao teto de Salvador e o redirecionamento dos R$ 37 mi sob a rubrica assistência farmaucêtica que até hoje não foram utilizados pela secretaria municipal de Saúde para pagar a dívida com os hospitais filantrópicos. O secretário executivo do Ministério ficou de estudar as duas medidas, levando em conta seu caráter emergencial, conforme fez questão de ressaltar o prefeito.
A estadualização atingiria, entre outros, os hospitais Irmá Dulce, Martagão Gesteira e Santa Isabel. Além do secretário Solla e do prefeito, participaram do encontro o secretário municipal da Saúde, Gilberto José, o chefe da Casa Civil, João Leão, o superintendente da Regulação do Estado, Andrés Alonso, os deputados federais Antonio Brito (PTB), presidente da Frente Parlamentar das Santas Casas, Nelson Pelegrino (PT), Luiz Alberto, Amauri Teixeira (PT) e a senadora Lídice da Mata (PSB).