Serra ficou cerca de uma hora na cidade e fez um breve discurso na sede do Uberlândia Clube, na região central. Ao lado dos senadores eleitores Itamar Franco (PMDB) e Aécio Neves (PPS), o tucano ressaltou que o futuro do Brasil deve ser decidido em Minas Gerais.
"Eu quero me concentrar agora no que nós vamos fazer até domingo. Nós temos que não apenas votar. Nós temos que ganhar voto de quem está indeciso, voto de quem não está com o voto muito decidido do outro lado. Cada um aqui ganhar um a mais, serão dois. Cada um aqui ganhar três a mais. Se trabalha na saúde tem de ganhar cinco. Se é menina bonita, tem de ganhar 15. É muito simples. Faz a lista dos pretendentes e manda um e-mail dizendo que vai ter mais chance quem votar no 45", disse o candidato".
Mineiramente, o ex-presidente Itamar Franco procurou tirar o peso das costas de Minas Gerais caso Serra não vença. "Minas vai somar com os outros Estados. A eleição não será definida somente aqui", afirmou.
Em seu discurso, Serra disse que para ganhar uma eleição, é preciso ter Minas ao lado. "Minas é o centro do nosso País é a síntese do Brasil. Tudo que tem no Brasil tem em Minas. Essa eleição vai se decidir em Minas Gerais. Nós temos aqui gente da qualidade do Anastasia, do Aécio, do Itamar, dos nossos deputados federais e estaduais. Do Eduardo Azeredo, a quem eu saúdo, através dele todos os deputados. Bom governador, senador atual, um exemplo de dignidade, de comportamento correto, de comparação. Nós vamos governar para todos. Vim buscar em Minas sabedoria e conhecimento".
Pouco antes, Serra citou um trecho do antigo testamento, em que Deus apareceu para Salomão e perguntou o que ele queria. Salomão pediu apenas sabedoria e conhecimento para poder julgar com probidade o povo de Israel, de quem foi rei no século dez depois de Cristo.
Fé
Durante o evento, Serra ganhou uma imagem de Nossa Senhora da Abadia, com a qual posou para fotos e a beijou pelo menos duas vezes.
Nesta quinta-feira, o Papa Bento XVI afirmou que quando os direitos fundamentais da pessoa exigem, os bispos têm o dever de emitir um julgamento moral "também em matérias políticas".
O Pontífice fez estas declarações a um grupo de bispos brasileiros da região Nordeste, que estão no Vaticano para a visita "ad Limina Apostolorum", encontro com o Papa que todos os bispos do mundo são obrigados a fazer a cada cinco anos.
"O Papa é um líder espiritual mundial da igreja católica e ele tem o direito de transmitir suas diretrizes e orientações para os católicos no mundo. A defesa da vida é algo que merece fazer parte das palavras do Papa. É previsível e bom para o mundo", disse Serra.