Logo após o debate da Rede Record, alguns tucanos já se comunicaram com o núcleo de marketing e comunicação da campanha para avaliar o que poderia ser repercutido em relação ao confronto. A comparação feita por Dilma Rousseff (PT) entre a Petrobras e "carne de pescoço" será o tema abordado por integrantes da legenda e seus cabos eleitorais quando o assunto for a estatal. Para o PSDB, a colocação da petista foi um "desrespeito" com a empresa.

No segundo bloco do debate, ao ser questionada sobre as concessões, Dilma afirmou que o petróleo anterior era de baixa qualidade, e que o pré-sal deve ser tratado de forma diferente. "Eles estão querendo privatizar o filé mignon. A carne de pescoço é o que tinha antes", afirmou a petista.

Nesta terça-feira (26), José Serra (PSDB) estará em São Paulo, Rio de Janeiro e Caxias do Sul. Na quarta-feira (27), o tucano vai a Salvador e Recife, na sua primeira visita também estará presente o senador eleito Aécio Neves (PSDB), que deve abordar o tema em pronunciamentos.

A Petrobras tem sido tema frequente tanto em debates quanto nas campanhas na televisão. Para o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, os petista estão desenvolvendo "a campanha do medo em relação a esse tema". Jutahy Magalhães Junior (PSDB-BA) já adianta o tom das críticas: "nunca vi tamanho desrespeito com a estatal".

Para o senador Sérgio Guerra, presidente do PSDB, as regras já não permitem "nocautes" no debate. Devido ao horário tardio do debate, os tucanos apostam que a repercussão traga mais dividendos eleitorais do que o evento em si.