Política

TEMER REFORÇA CAMPANHA GEDDEL EM RESPOSTA INDIRETA A DILMA ROUSSEFF

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| 28/09/2010 às 14:13
Moreira Franco, Edvaldo Brito, Geddel, Michel Temer, César Borges e Edmundo Pereira
Foto: BJÁ
  O presidente nacional do PMDB e candidato a vice-presidente na chapa Dilma Rousseff, o peemedebista Michel Temer, minimizou as declarações da petista sobre seu apoio preferencial e exclusivo à Wagner com quebra de aliança PT/PMDB na Bahia e a exclusão de Geddel, e disse que se tratou de "visão partidária" de sua companheira de chapa. E, em contra-partida, em sendo assim, sem brigas, sem muxoxos, se apresentava hoje, em Salvador, exatamente para dizer que o PMDB expressa seu apoio a Geddel e César Borges.
  
  Ou seja, "visão partidária" versus "visão patidária" o placar fica 1x1. "Estou aqui como presidente nacional do PMDB e o deputado Moreira Franco como coordenador da campanha Dilma para expressarmos o nosso apoio a Geddel e ao senador César Borges, e, se formos eleitos, Dilma e eu, estaremos de portas abertas para eles", frisou Temer na abertura de sua fala em encontro com os jornalistas da área política, no Barbacoa, nesta terça-feira, 28.

  O candidato do PMDB, no entanto, foi um pouco mais incisivo. Para Geddel, a declaração e a opção de Dilma não mudou sua trajetória política, nem transformou sua maneira de ser. "Procurei ser o que sempre fui. A questão básica, politicamente, é que o governo Wagner deixou escapar muitas oportunidades para a Bahia e é preciso assumir o governo alguém que olhe para esta situação", comentou Geddel arguindo que deve ter havido pressões sentimentais para que a ex-ministra tomasse tal atitude.

  Ainda segundo Geddel, o PMDB da Bahia vai continuar honrando os compromissos assumidos nacionalmente, pois entende que é o melhor projeto para o país.

  Sobre a dualidade da "visão partidária" do jogo 1x1, Michel Temer adianta que o povo baiano é quem vai decidir, o projeto nacional segue firme na aliança partidária, "Geddel não moveu uma palha para ter qualquer tipo de dissidência", e, na Bahia, o PMDB segue unido com Geddel e confia no segundo turno.

  Sobre um provável segundo turno nas eleições nacionais com base nos números divulgados hoje pelo DataFolha, Temer diz que prefere aguardar as próximas avaliações.  

  Já em relação a possíbilidade de um segundo turno na Bahia, o PMDB e o seu candidato Geddel Vieira Lima estão muito confiantes. Para o presidente do partido, Lúcio Vieira Lima, "vamos trabalhar até o último momento, pois estamos vendo essa possibilidade de forma real". Essa é a mesma visão do candidato a governador. "Estou sentindo isso por onde ando no interior do Estado" frisou ao BJÁ.