Os advogados de Otto Alencar solicitaram à emissora cópia das gravações do debate, para usarem como prova contra Bassuma. "Ele me fez acusações sem nenhuma prova. É leviano que um parlamentar aja assim", disse Otto.
Livro
Bassuma fundamenta suas acusações em um livro escrito pelo médico e ex-diretor do Hospital Clériston Andrade, Eduardo Leite, chamado Política e Corrupção na Saúde. Em seu blog, o médico diz que Otto "representava a cabeça de chave desses esquemas e a ligação com os empresários que exploram a doença".
Ele rechaça qualquer acusação e cita, como exemplo, um ofício recebido em 1994 da então diretora de administração e finanças do Sistema Único de Saúde (SUS), Clemilce Sanfim de Carvalho, no qual, segundo Otto, ela o parabeniza por ter liquidado pendências financeiras herdadas do exercício anterior e ter aplicado toda a verba disponibilizada para a secretaria por meio do SUS. "Nunca tive uma conta rejeitada, nem mesmo pelo Tribunal de Contas da União, que é muito rígido. Sou completamente ficha-limpa", afirmou.
Unidades de saúde - Sobre as acusações de que teria privatizado o sistema de saúde baiano, ele diz que construiu 112 unidades de saúde, citando a Maternidade de Cajazeiras e o Hospital de Base de Vitória da Conquista, como exemplos. "Pelo contrário, credenciei todos os hospitais no SUS", afirma.
Procurado ontem pela reportagem, Bassuma manteve suas declarações. "Me sinto honrado em ser processado por lutar contra a corrupção e defender os interesses do povo. Todas as acusações estão documentadas nos dois livros de Dr. Eduardo Leite, que mostrou a corrupção tanto na gestão atual de Wagner como nas anteriores", disse.