Segundo Aleluia, as provas do crime estão no Diário Oficial, onde foram feitas as publicações fora do prazo legal.
"E a orientação prévia da PGE para que fosse respeitada rigorosamente a legislação eleitoral só ratifica a má fé dos atos do governo. Eles fizeram cooptação com o dinheiro público", afirma.
Para Aleluia, o decreto publicado pela PGE complica ainda mais a situação do governador Jaques Wagner, que está ameaçado de ter seu registro extinto ou, se eleito, ter seu mandato cassado, além de ser declarado inelegível por oito anos, punições previstas pelo descumprimento ao Artigo 73 da Lei Eleitoral (Lei 9.504) que proíbe a transferência de recursos públicos através de convênios nos três meses anteriores às eleições.
A coligação A Bahia Merece Mais acionou o governo estadual na Justiça por essa infração e uma liminar já foi concedida na última sexta-feira (17/09), suspendendo os repasses ilegais.
"Ainda falta o julgamento do mérito, mas contra fatos não há argumentos", diz Aleluia.
Na avaliação do democrata, mesmo que coubesse a esdrúxula argumentação de desconhecimento da lei, "o que não é impossível neste governo, a PGE eliminou essa possibilidade absurda.
"Se não tivesse tomado essa atitude, a PGE estaria desmoralizada também. Agora só resta aos seus procuradores tentar empurrar o caso com a barriga e ganhar tempo".
Aleluia observa que, na liminar, o juiz Ruy Eduardo Almeida Britto diz que os repasses fora do prazo permitido "afetam a igualdade de oportunidades entre os concorrentes à Chefia do Executivo Estadual".