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Auditores fiscais durante encontro com candidatos na Casa do Comércio, nesta quarta
Foto: BJÁ
Em encontro político realizado na manhã desta quarta-feira, 15, na Casa do Comércio, em Salvador, sob o patrocínio do Instituto dos Auditores Fiscais (IAF) do Estado da Bahia, três candidatos a deputados estaduais (Carlos Gaban - DEM; Jalon Oliveira - PSDB; e Juvêncio Ruy - PPS) expuseram suas idéias e projetos que pretendem desenvolver na Assembleia Legislativa, se eleitos forem, apoiando e valorizando a luta dos auditores fiscais. A direção do IAF entende que é preciso ter representações da categoria na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa.
Através de sorteio, cada candidato falou durante 15 minutos sobre seus projetos. O primeiro a comentar foi Jalon Oliveira, candidato do PSDB, auditor fiscal de carreira e ex-secretário da Prefeitura de Salvador, também ex-candidato na eleição passada com a marca de 28.000 votos. Para Jalon, seu objetivo é defender os auditores valorizando a categoria e tornando-a uma "carreira de estado e não deste ou daquele governo".
Diz o candidato que, na atualidade, "está havendo um aparelhamento da SEFAZ e até panfletos circulam na secretaria com o secretário apoiando sindicalistas".
Segundo Jalon, trata-se de uma coisa absurda e a SEFAZ deixou de ser uma "referência de uma secretaria modelo para servir a interesses políticos". Jalon propôe "lutar pela URV, derrubar o projeto inconstitucional que atribui poderes indevidos aos agentes de tributos e lutar por um projeto, assim como acontece na Justiça e entre os promotores, de que o secretário da Fazenda seja um auditor fiscal do quadro da Sefaz".
GABAN
O segundo a falar foi o deputado Gaban, engenheiro por profissão, 16 anos de mandatos na Assembleia inclusive seu ex-presidente. Gaban diz que abraçou a causa dos auditores fiscais desde que se engajou na luta contra o projeto que considera "um trem da alegria e que beneficia agentes de tributos sem méritos para exercerem funções que são reservadas àqueles que fazem concurso". E que, nos últimos dois anos, aprendeu muito sobre finanças públicas e a situação econômico-financeira do estado com os técnicos do IAF.
Para Gaban, a Bahia vive um momento muito ruim no plano de investimentos no governo Wagner. "Enquanto o Nordeste avança, sobretudo o Ceará e Pernambuco, e até o Maranhão, com investimentos da Petrobras em R$40 bilhões, a Bahia fica para trás", comentou. Ainda segundo Gaban, "faltam políticas de investimentos no Estado, a Sefaz está aparelhada e não cumpre o seu papel, tem o pior desempenho na arrecadação de tributos no Nordeste, e estamos ficando no atraso, o que é lamentável".
Gaban propõe manter a luta em defesa dos auditores fiscais.
JUVÊNCIO
Por fim, os comentários foram feitos pelo candidato Juvêncio Ruy, PPS, auditor fiscal de carreira, ex-digirente do PCdoB, bastante experiente em lutas políticas e consciente de que, o IAF, até perdeu tempo em não ter se organizado no mundo da política, apesar de existir há apenas 4 anos, "porque sem a política as coisas não andam e nós estamos vendo como eles nos boicotam e a nossa ADI está travada no julgamento de um projeto de lei inconstitucional".
Juvêncio diz que o governo da Bahia não é um governo e sim um "desgoverno e a exceção da propaganda, em que é imbatível na enganação, estamos perdendo em todos os ítens de desenvolvimento para o Ceará e Pernambuco, no Nordeste, e muito mais no Brasil". Ainda segundo o candidato a sociedade precisa abrir os olhos, "os escândalos estouram no governo federal e é preciso tirar a venda dos olhos das pessoas para que enxerguem a realidade e não a propaganda enganosa".