vide
Ex-governador Paulo Souto durante comício em Guanambi
Foto: Cooperphoto
“Há quatro meses sofrendo com um rigoroso racionamento e a ameaça de desabastecimento total, a população de Guanambi e região deve estar querendo morar na propaganda do governo Jaques Wagner, que divulga ter o programa Água para Todos resolvido o problema da falta de água em todo o estado”, disse o candidato a governador pela coligação “A Bahia Merece Mais” (DEM/PSDB), Paulo Souto, durante comício em Guanambi, na noite do último sábado (04/09).
Acompanhado do vice Nilo Coelho e dos postulantes ao Senado Federal, Aleluia e José Ronaldo, Souto realizou na manhã deste domingo carreata em Ponto Novo. À noite visita Paulo Afonso.
Para o candidato democrata, a situação dramática da região de Guanambi já poderia ter sido resolvida. “Mas o governador Jaques Wagner não foi capaz de sensibilizar o governo federal a acelerar a construção da adutora do Rio São Francisco, que ninguém sabe quando terão as obras iniciadas. Ele prefere ficar fazendo só propaganda”.
Souto observa que, no sudoeste do estado, além da escassez para abastecimento humano, vários projetos de irrigação estão sendo paralisados por falta de água, como é o caso do projeto de irrigação do distrito de Ceraíma, em Guanambi.
Paulo Souto recebeu um documento da Cooperativa Agrícola do Projeto de Irrigação de Ceraíma, que apresenta as conseqüências da falta de água para os irrigantes. Segundo o presidente da cooperativa Vanderlei Florêncio dos Santos, desde agosto de 2008, a Embasa interrompeu o abastecimento de água para a produção, devido ao racionamento, priorizando o abastecimento para consumo humano.
“Antes, produzíamos de 45 a 50 toneladas por dia de manga. Agora, nossa produção é de 15 toneladas por semana”, disse Vanderlei dos Santos para lustrar a drástica redução na produtividade. Na opinião de Paulo Souto, o projeto de Irrigação do Distrito de Ceraíma representou ao longo de sua existência um importante pólo de produção na área de fruticultura, gerando emprego e renda para centenas de colonos.
Segundo Vanderlei dos Santos, com a redução da área plantada e a queda na produção, os colonos passaram a sofreram prejuízos financeiros e acumulam dívidas com bancos. “A área de 428 hectares, em 2008, foi reduzida para 87 hectares, atualmente cultivadas com sistema de irrigação precária, através de poços e cisternas de baixa vazão”.
Paulo Souto lamenta que, devido ao descaso do governo atual, a falência ronde a cooperativa e o desemprego ameace cerca de 400 famílias dependentes da terra para tirarem seu sustento. Para o vice Nilo Coelho, o governo federal faz a transposição do Rio São Francisco, levando água para o Ceará, enquanto falta água para o povo da região de Guanambi”.