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Arthur Maia e Geddel durante comício em Bom Jesus da Lapa
Foto: DIV
O anúncio da obra que vai requalificar a Esplanada dos Romeiros, a área externa do Santuário de Bom Jesus da Lapa, onde anualmente se realiza a terceira maior peregrinação de católicos do país, animou pessoas que no final da noite desta sexta-feira (03), lotaram a Praça de Santa Luzia, para o comício do candidato ao Governo do Estado, Geddel Vieira Lima.
Foi o próprio candidato quem no seu discurso comunicou que antes de deixar o Ministério da Integração Nacional assinou o convênio, no valor de cerca de R$ 20 milhões, com a Diocese, para a realização da obras. Anunciou também, como proposta de governo, a construção na cidade, de um Hospital Regional.
A veneração a Bom Jesus da Lapa, município às margens do São Francisco, a 780 Km de Salvador, começou em 1691, quando o português Francisco de Mendonça Mar descobriu a gruta que, logo depois, se tornaria o santuário. Anualmente, cerca de 1 milhão de pessoas visitam o local, numa peregrinação que só é superada em quantidade de fiéis pela de Padre Cícero, no Ceará e a de Aparecida do Norte, em São Paulo, onde se encontra o santuário da padroeira do Brasil.
Geddel foi a Bom Jesus da Lapa acompanhado pelos candidatos ao Senado, César Borges e Edvaldo Brito, e à vice, Edmundo Pereira. A festa para receber a comitiva da coligação A Bahia Tem Pressa, começou muito antes da chegada dos candidatos. Uma grande carreata, com centenas de carros e motos, percorreu as principais ruas da cidade, mobilizando a população para o grande comício realizado na Praça Santa Rita.
O Hospital Regional, anunciado por Geddel como proposta do seu programa de governo, é uma antiga reivindicação, não apenas de Bom Jesus da Lapa, mas de diversos municípios da região. Ele garantiu entregar a unidade médica "com plena condição de funcionamento", numa referência ao que hoje acontece na Bahia, com o atual governador, em função das eleições, inaugurando obras apressadamente, inclusive hospitais como o da Criança, em Feira de Santana, sem médicos suficientes e equipamentos, o que impede, inclusive, o funcionamento do seu centro cirúrgico.
Além de anunciar novas obras, Geddel citou as obras que viabilizou no município, durante os três anos em que foi ministro do Governo Lula, a exemplo do esgotamento sanitário na lagoa de São Gotardo, no bairro do mesmo nome.
CÉSAR BORGES
O senador e candidato à reeleição, César Borges lembrou que antes de Geddel ocupar o Ministério da Integração Nacional, as últimas obras importantes em Bom Jesus da Lapa foram realizadas durante a sua gestão como governador, a exemplo do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, a pavimentação dos bairros Amaralina e João Paulo II e outras duas que diretamente estão relacionadas à devoção dos fiéis: a iluminação da gruta de Bom Jesus e a pavimentação da área em torno do santuário.
"Por isso me incorporei ao projeto de Geddel, por entender que ele é o melhor para a Bahia", disse César.
Também candidato ao Senado, o vice-prefeito de Salvador, Edvaldo Brito destacou a prioridade dada por Geddel, em seu programa de governo, à educação. Segundo ele, as propostas voltadas para o fortalecimento do ensino profissionalizante, a universalização da educação básica, através da implantação de uma rede de creches, valorização dos professores e ampliação dos cursos e abrangências das universidades estaduais, serão decisivos na luta para reduzir as desigualdades no Estado.
Prefeito de Bom Jesus da Lapa e presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Roberto Maia (PMDB), demonstrou o seu arrependimento de ter apoiado o atual governador, em 2006, contribuindo para a sua vitória: "Desde as eleições ele abandonou a nossa região. Passaram-se quase quatro anos e ele nada fez, nem sequer olhou por Bom Jesus da Lapa".
Deputado estadual e candidato à Câmara Federal, Arthur Maia (PMDB) deu o seu testemunho da preocupação de Geddel em viabilizar ações voltadas para a promoção do desenvolvimento na região do São Francisco. E, embora o tenha apresentado ao público como "um grande amigo", fez questão de deixar claro que a amizade não era a razão pela qual estava ali, levando o seu apoio e pedindo o voto para torná-lo governador.
"Não adianta confundir política com amizade. Isso não atende ao povo. O que atende são as obras de Geddel, aqui no município", disse Maia, numa declaração interpretada como uma alusão ao discurso do atual governador, que tem ancorado a sua candidatura à reeleição exclusivamente na amizade que tem com o presidente Lula.