A propaganda institucional do governo do Estado é a vilã número 1 desta campanha política. A Geni. O Diabo que Veste Prada. Flora ou Nazaré? Nem sei dizer qual dessas personagens. O certo é que essa síndrome não representa a primeira vez que isso acontece na política baiana. Em tempos idos, quando ACM era a liderança que impôs sua hegemonia durante 16 anos na Bahia (1991/2006) acontecia fato assemelhado.
O bloco da situação, hoje, oposição naquele período (1991/2006), dizia a mesma coisa que a oposição de hoje (2007/2010), situação naquele momento, praticava.
A comunicação é uma rubrica como outra qualquer do governo. Tem seu orçamento próprio e deve executá-lo dentro do exercício fiscal, ano a ano, e com responsabilidade. Não cola dizer que o govero gastou R$130 milhões em propaganda, em 2010, quando este dinheiro poderia ser aplicado em educação ou segurança. Esses dois últimos segmentos têm seus próprios orçamentos e são bem maiores do que os reservados à comunicação.
As críticas são muito fortes em relação à comunicação, hoje, mas, até agora, não ouvi nenhum candidato propondo a sua extinção.
Natural que assim seja porque quando se assume o poder é preciso difundir o que se faz e, num estado do tamanho da Bahia, não se pode fazer isso com panfletos. Tem que ser através dos veículos de comunicação de massa e outros. E isso custa dinheiro. Não adianta. A Prefeitura de Salvador é do PMDB e governo municipal faz propaganda anunciando feitos que ainda poderão ser realizados, como aconteceram, recentemente, com as melhorias no Bonocô e na Vasco da Gama.
A questão posta, no momento, em relação à propaganda institucional do governo não se relaciona quanto a forma, porém, ao conteúdo. Alegam os opositores que a propaganda, em alguns casos, é virtual e citam como exemplos a Ferrovia Leste-Oeste, que ainda está em processo licitatório e os trens já aparecem na TV como se já estivessem atuando; o Porto Sul, os 5 novos hospitais, os números conflitantes do TOPA, números da economia e da recuperação de estradas, da Via Portuária e outros.
O governo tem suas explicações. No caso dos hospitais, por exemplo, são dois novos construídos (do Subúrbio, em Salvador; e da Criança, em Feira de Santana), mas o governo conta 5 argüindo que as recuperações dos hospitais de Juazeiro, Irecê e Santo Antonio de Jesus foram reformas que valeram como se fossem novos hospitais. O correto seria a propaganda dizer que o governo construiu dois novos hospitais e recuperaram três outros. Mas, propaganda é como o próprio nome diz, então vai no bolo 5 novos hospitais.