Política

GEDDEL DIZ NA TV QUE GOVERNADOR WAGNER É POLÍTICO DE DUAS CARAS

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| 03/09/2010 às 17:23
Um "político de duas caras". Foi dessa forma que o candidato ao Governo do Estado da coligação A Bahia Tem Pressa, Geddel Vieira Lima (PMDB), definiu o seu adversário, Jaques Wagner, ao responder nesta sexta-feira (03), no programa Que Venha o Povo, da TV Aratu, ao "ataque gratuito" que lhe foi dirigido no dia anterior, pelo atual governador.

"Essa declaração do Sr. Governador só consolida a imagem política que hoje eu tenho dele do ponto de vista político: uma figura que tem duas faces, duas caras. Quando ele quer o apoio, quando você está do lado dele, é merecedor de todos os elogios. Ele é então republicano, tem aquele jeito simpático de se colocar e só lhe elogia. Quando você diverge, parte para o ataque pessoal, absolutamente gratuito", ressaltou o peemedebista.

Geddel fez essa afirmação ao responder a pergunta do jornalista Casemiro Neto, sobre a declaração dada pelo atual governador, na entrevista do dia anterior, que, entre outras afirmações, disse que seu principal adversário coloca "interesses pessoais acima de qualquer coisa". A resposta de Geddel foi direta: "Não reconheço em Wagner autoridade política ou moral para apontar o dedo sobre mim".

FRÁGIL

Além de caracterizar politicamente o atual governador como "duas caras",  o peemedebista disse  que Wagner é  "um administrador frágil", que deixa a Bahia perder espaços para estados como Pernambuco e Ceará e que tem sustentado a sua administração na "bengala da amizade" do presidente Lula.

"Todo discurso é isso. Sou amigo do presidente, sou amigo do presidente. No entanto a Bahia tem perdido investimentos, oportunidades de avançar, tem ficado para trás em áreas como segurança pública, saúde e educação".

Como exemplo do comportamento dúbio do atual governador, Geddel citou o caso do senador César Borges (PR), candidato à reeleição e seu companheiro de chapa: "Até dois, três meses atrás ele (Wagner) vivia atrás de César Borges, querendo o seu apoio, construindo o discurso de que a Bahia vive outro momento e que César realiza um grande trabalho no Senado. Quando ele, legitimamente escolhe outro caminho, surge a outra face do republicano: críticas, desqualificação do adversário".

Para Geddel, o atual governador "é republicano quando é do seu interesse e agressivo quando vê que as pessoas democraticamente têm o direito de divergir, de descobrir que ele não é bom para o Estado".

O candidato peemedebista deixou claro que não pretende voltar ao debate pessoal, por considerar que esse não é o interesse dos eleitores, mas ressaltou que vai continuar com a crítica substantiva, baseada em dados, para demonstrar que a Bahia está perdendo a oportunidade de avançar econômica e socialmente.
"Não é a crítica pela crítica. São fatos: A Novartis, um investimento de R$ 500 milhões, para a fabricação de vacinais, não veio para a Bahia; a planta verde da Brasken foi perdida para o Rio Grande do Sul; a Toyota não veio; os anúncios de obras feitos pelo governador, como o oceanógrafo, não resultaram em nada".