"Se o atual governo tivesse mantido o ritmo de criação de vagas prisionais da nossa última gestão, não haveria seis mil presos amontoados nas delegacias e a Polícia Civil poderia cumprir seu primordial papel de investigação criminal com mais eficiência", afirmou o candidato ao governo do estado pela coligação "A Bahia Merece Mais" (DEM/PSDB), Paulo Souto. A crise do sistema prisional baiano foi um dos temas em discussão durante a Sabatina da OAB Bahia.
Aos advogados e público em geral presentes ao evento, na última quinta-feira (19/08), Paulo Souto informou que, entre 2003 e 2006, conseguiu ampliar em 84% o número das vagas prisionais existentes. Embora a quantidade ainda fosse insuficiente para suprir o déficit acumulado na época, ele assinalou que a situação seria diferente, se o atual governo tivesse conseguido manter o mesmo desempenho apresentado pela sua gestão.
"Se o governo Wagner tivesse mantido o nosso ritmo de crescimento, chegaríamos a um total de 14.648 vagas, dando para colocar em presídios praticamente todos os presos que estão nas delegacias", explicou o candidato democrata.
Paulo Souto destacou que, no seu governo, foram criadas 3.628 novas vagas prisionais. "Construímos presídios em Lauro de Freitas, Itabuna, Simões Filho, Serrinha e a Unidade Especial Disciplinar no Complexo de Mata Escura, além de ampliações no Centro de Observação Penal, na Casa de Albergados e Egressos e nos presídios de Paulo Afonso e Vitória da Conquista". Também, segundo ele, foi possível garantira a abertura de mais 420 vagas por meio de convênios assinados com o governo federal para a construção das penitenciárias de Eunápolis e Vitória da Conquista.
Na avaliação do candidato democrata, nesses três anos e sete meses do governo Wagner a lentidão é geral, prejudicando também a melhoria do sistema prisional baiano, que continua deficiente, quando poderia ter avançado. "A penitenciária de Eunápolis, com obras começadas em 2006, até hoje não foi concluída. Em Vitória da Conquista, o presídio teve o convênio assinado em dezembro de 2006, mas a construção foi interrompida diversas vezes".