Imaginem, então, o que acontece com os eleitores e com o público em geral, sobretudo a partir de hoje quando essa overdose será acrescida com a propaganda nos meios de comunicação de massa - o rádio e a televisão. Mais a TV do que o "primo pobre", o rádio. Esse último veículo tem mais força na pré-campanha, ao longo dos mandatos, do que no momento atual.
Haja criatividade. Pela velocidade que as coisas acontecem e diante da enxurrada de informações que os candidatos enviam para os meios de comunicação não há cristão que consiga ordenar o que se passa.
As informações se envelhecem com tamanha rapidez que o encontro realizado no Sindiscon, ontem, com os candidatos a governador já parece uma coisa de "barbas brancas". A informação se torna autofágica e acaba se concentrando no gueto onde se originou. Não se propaga para a sociedade.
Ninguém também parece disposto a discutir nada. Veja que no último debate da Band a declaração polêmica do candidato do PT sobre o crack e a mostra de água (contaminada?) de Caetité, hoje, ninguém fala mais nisso. Foram engolidas pela voracidade das informações em cadeia.
Outra coisa curiosa que aconteceu durante o debate da Band foi o seguinte: um "brake" antes do final do debate algumas assessorias de imprensa dos candidatos já apontavam que os seus tinham sido vencedores. Isso o debate ainda no ar, nas considerações finais. Vê-se, pois, que no atropelo dessa agilidade da informação existe uma espécie de "pacotes" pré-concebidos ao gosto dos clientes.
Essa overdose está engolindo e levando para o ralo as mensagens dos "twitteiros". Ninguém dá mais importância a elas, salvo aquelas que são direcionadas para um público específico, restrito a esse ou aquele candidato. Muitas dessas mensagens entram por um ouvido e saem pelo outro, porque, regra geral não tem a menor importância na vida das pessoas.