O presidente estadual do PTN, deputado estadual João Carlos Bacelar refutou hoje as insinuações do deputado Sérgio Passos (PSDB), único representante do partido na Assembléia Legislativa da Bahia, de que o PTN é desnecessário à campanha dos pré-candidatos José Serra (PSDB) à presidência da República e Paulo Souto (DEM) ao governo da Bahia, desconsiderando a força do partido no interior, que conta com um prefeito, seis vice-prefeitos e 64 vereadores - sendo três deles na capital -, além do próprio deputado estadual que integra a bancada de Oposição na Casa, considerado um dos mais aguerridos e atuantes parlamentares do bloco da Minoria.
"O deputado Sérgio Passos pode ficar tranquilo, pois não estamos ofendidos com a costumeira arrogância e elitismo tucanos. São por atitudes como essas que os militantes do PTN na capital e no interior estão desestimulados com a forma de agir dos tucanos", afirmou Bacelar. O deputado lembra ainda que a Executiva Estadual do PTN vai orientar seus integrantes não apoiem, clara ou veladamente, a candidatura do tucano José Serra.
PSDB
O deputado estadual João Carlos Bacelar (PTN) também questionou a atuação do oposicionista tucano Sérgio Passos (PSDB) na votação de ontem, quando os parlamentares estavam apreciando os destaques ao projeto de lei da Polícia Militar. Os governistas não querem votar os destaques, enquanto os oposicionistas mantêm-se firmes para que tudo seja aprovado, pois representam maiores ganhos aos PMs. No momento da apreciação de um dos destaques - o que trata da incorporação de parte da Gratificação por Atividade Policial (GAP) ao soldo dos oficiais e praças -, o deputado Sérgio Passos se ausentou do plenário.
"O deputado Sérgio Passos precisa explicar porque traiu a bancada de Oposição e a Polícia Militar da Bahia e a que orientação ele segue, porque deixamos de aprovar uma emenda que beneficiaria dos policiais por apenas um voto, porque ele se ausentou do plenário no momento da apreciação do destaque.
A Oposição e o bloco Independente contava com 24 parlamentares em plenário, mesmo número de deputados do Governo. Houve empate na votação e o presidente foi o voto de Minerva pró-governo. Perdemos de aprovar o destaque por causa de um único voto, justamente o do deputado Sérgio Passos", cobrou Bacelar.