Na votação da medida provisória 482, relativa a abertura de programa de rebaixa das tarifas para países de menos desenvolvimento econômico relativo (PMDR), o deputado José Carlos Aleluia (Democratas-BA) veio defender a setor têxtil brasileiro, tão massacrado pelos tributos do governo.

Em Plenário, o parlamentar trouxe dados que segundo a Associação Brasileira de Indústria Têxtil e Confecção (Abit) representam grande ameaça ao setor. Países como Camboja e Blangladesh que não respeitam as leis trabalhistas, leis ambientais, não pagam impostos como no Brasil, e juntos exportam 15 bilhões de dólares por ano. Isso representa 20 vezes o que o Brasil exporta.

Apenas nos três primeiros meses de 2010, as importações brasileiras de Bangladesh já alcançaram metade de todo o ano de 2009, registrando crescimento de 40% em relação ao mesmo período e 178% quando comparado ao primeiro trimestre de 2008.

A importação de vestuário prejudica não só o elo de confecções, mas também os demais elos anteriores da cadeia produtiva como plantio de algodão, petroquímica, as fiações, tecelagens, malharias, e outros segmentos, que deixam de fornecer insumos para produção do artigo final, argumenta o líder.

Segundo Aleluia, a aprovação dessa MP, pode derrubar 45 mil empregos no Brasil, empregos distribuídos pelo Brasil, na Bahia, em Valença, Barreiras, Camaçari; em Sergipe, em Neópolis, Estância, Aracaju; em Minas Gerais, Sete Lagoas, Montes Claros; em São Paulo, Americana, Ibitinga, em Sumaré, em Nova Odessa; em Santa Catarina, em Blumenau, em Brusque, em Jaraguá do Sul; no Paraná, em Londrina, em Ponta Grossa, em Cianorte e outros mais.

A medida provisória segue agora para o Senado Federal para votação