Após acordo de lideranças, a Assembleia Legislativa aprovou nesta tarde de quarta-feira, 9, o projeto do reajuste salarial e outras vantagens para a Polícia Militar, que será enviado à sanção do governador Jaques Wagner. A incorporação de parte da gratificação ao soldo dos policiais, que a oposição queria para maio e o governo para setembro, valerá a partir de 1º de julho, com a concordância do deputado Leur Lomanto Junior, líder do PMDB.
De última hora, o deputado Capitão Tadeu (PSB) também conseguiu a aprovação de uma emenda eliminando o interstício de sete anos que era exigido para que os chamados "cabos velhos", no jargão da PM, pudessem fazer o curso de sargento.
O deputado explicou que os soldados, geralmente, conseguem a promoção a cabo depois de 25 anos de carreira. Tendo de cumprir o prazo de sete anos, era impossível que chegassem a sargento porque estouravam o tempo de serviço de 30 anos, situação agora corrigida.
Voltando à votação do projeto da PM, segudo o Por Escrito, o governo, já na madrugada de hoje, tentou sem êxito votar a emenda restante, de número 02, que antecipa de 1º de setembro para 1º de maio a transferência de R$ 100 da gratificação para o soldo, beneficiando a faixa de capitão a coronel.
O líder do governo, Waldenor Pereira (PT), por volta de 1h15, disse ter sido autorizado pelo governador Jaques Wagner a propor um acordo antecipando para julho, "um gesto de boa vontade na expectativa de facilitar o entendimento e o diálogo".
A oposição, por meio do líder Heraldo Rocha (DEM), respondeu que submeteria hoje à bancada a contraproposta de antecipação para junho. Por sua vez, o líder do PMDB, Leur Lomanto Junior, anunciou que seu partido não abre mão da proposta original, de antecipação para maio.
Restou ao presidente Marcelo Nilo encerrar a sessão, anunciando para hoje uma nova tentativa de acordo. Agora pela manhã, foi intensa a movimentação de deputados, em conversas de pé-de-ouvido em corredores e gabinetes. A sessão a iniciar-se logo mais, às 14h45, dirá se adiantou alguma coisa.