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Mensagem:
Permita-me expor minha opinião sobre a importância da alternância no poder. Independentemente de um mandatário se reeleger ou não, a possibilidade latente de alternância no poder é o que confere à democracia a capacidade de estimular a transformação da realidade social. Em outros termos, por que o eleitor conduziria ou reconduziria ao poder este ou aquele candidato?
Com diria certa música de Tim Maia, Me dê motivo. Sua excelência o eleitor precisa, assim, de bons motivos para sufragar um postulante seja ele quem for. Nada melhor, portanto, do que o horário eleitoral no rádio e televisão para um julgamento justo através do "devido processo democrático".
E os debates, então, lembrando o Tribunal do Júri, onde a sociedade, representada pelo jurado, pode condenar ou absolver. No contexto político, o povo no exercício de sua soberania, tem as opções de dar uma primeira ou nova oportunidade a quem lhe toque a mente e o coração. O eleitor, portanto, quer ser seduzido e não enganado. Também como ninguém gosta de ser esquecido, o povo na hora de votar costuma agir feito mulher magoada (e mulher magoada...).
De fato, nesse período pré-eleitoral, o cidadão pouco a pouco vai se percebendo com o poder de volta às mãos, culminando no momento secreto na urna quando ungirá alguém merecedor de sua confiança. É natural que a tensão vá aumentando no cenário da disputa, pois na política, assim como na meteorologia, as previsões nem sempre se confirmam.
Falando nisso, a Bahia, triângulo das bermudas dos institutos de pesquisa, não deixará candidato algum dormir derrotado ou vitorioso até o fechamento dos resultados. O baiano aprendeu a se valorizar até o último momento. Trata-se, sem dúvida, do primeiro passo para aprender a se valorizar o tempo todo. Afinal, quatro anos demoram muito quando a escolha é equivocada. De qualquer maneira, viva a democracia!
(Valfredo Novais Silva Bacharel em Direito Licenciado em Filosofia Pós-graduado em Gestão Pública e Auditoria Pós-graduando em Direito Público)