Política

VEREADOR CARLOS MUNIZ PROTESTA CONTRA DEMOLIÇÃO DE BARRACAS

Veja
| 19/05/2010 às 17:10

Da tribuna da Câmara Municipal de Salvador, o vereador Carlos Muniz (PTN) protestou contra a demolição de 98 barracas de praia pela prefeitura, operação executada pela Sucom e Secretaria de Serviços Públicos (Sesp). "Hoje salvador viveu um dia de terror. Trabalhadores desesperados, vendo seus sonhos sendo destruídos pela força da intolerância", declarou.

As barracas destruídas ficam nas praias do Jardim de Alah, Piatã, Jaguaribe, Terceira Ponte e Pituba. "Acabou-se o que era doce. Assim uma barraqueira, com lágrimas nos olhos, expressou toda a dor e revolta de ver sua barraca demolida, transformada de sonho em escombros", discursou Carlos Muniz. Ele argumentou que, apesar da prefeitura ter cumprido determinação judicial, "faltou sensibilidade e a busca por uma alternativa".

O vereador questionou qual o destino dos trabalhadores (garçons, cozinheiros e faxineiros) das barracas de praia e frisou que as cenas de destruição significaram "um desrespeito ao povo, no mês de maio, mês do trabalhador".


Anos de trabalho


Carlos Muniz ressaltou, ainda, que "nos cinco minutos necessários para a demolição de uma barraca, estão resumidos anos de trabalho, sob sol e chuva. Sem nenhum amparo da prefeitura, só cobrança. Onde estão os projetos? Onde estão as alternativas? Os trabalhadores ficarão ao Deus dará". O vereador estranhou o fato do secretário Fábio Mota, de Serviços Públicos, ter declarado em entrevista a uma emissora de rádio não dispor, até então, de local alternativo para a transferência dos barraqueiros. "Foi uma demonstração da frieza e da incompetência da prefeitura", protestou.

O vereador questionou, também, o fato do superintendente da Sucom, Cláudio Silva, ter justificado a operação como cumprimento de decisão judicial, mas com "cuidado com a questão social". E reagiu: "Qual cuidado social? Demolir o ganha-pão dos trabalhadores e não lhes dá alternativa? Como será o jantar desses trabalhadores hoje à noite? Será com o gosto amargo do abandono e da omissão da prefeitura e da cegueira da Justiça".