O expediente no plenário da Assembleia Legislativa nesta segunda-feira, 3, só durou 1 hora. A sessão caiu às 15h20min por falta de quórum. Organiza-se para esta terça-feira, 4, a possibilidade de votação de dois projetos pendentes que ficaram da semana passada: o reajuste de 13.5% para policiais militares e um pedido de autorização para empréstimos junto ao BNDES, no valor de R$10 milhões, para modernização da Procuradoria Geral do Estado (PGE).

  O reajuste da PM ainda será debatido pelos líderes dos partidos. A PM tem um representante na ALBA, capitão Tadeu, PSB, o qual, defende o que estabelece a PEC 300 de caráter nacional com piso de R$4.200,00. O que, aliás, já é aplicado no Distrito Federal. O líder do governo, deputado Waldenor Pereira (PT) prega o bom senso de acordo com as possibilidades reais da Fazenda.

  Projeto de Lei que reajusta salários de servidores ninguém é contra. A Oposição vai nesta linha, mas, que conhecer os detalhes do projeto.

  MATANÇA

  O deputado estadual João Carlos Bacelar (PTN) cobrou hoje a ação do Estado para conter a matança - que considerou um verdadeiro genocídio - contra jovens negros pobres, moradores das periferias que ocorrem na Bahia.

  Segundo Bacelar, são cerca de mil assassinatos nos primeiros quatro meses de 2010, quase quatro mil no ano passado e 14 mil mortes violentas desde que o governo Jaques Wagner tomou posse.
 
  "Em outras partes do mundo, como a região conflagrada do deserto de Darfur, no Sudão, onde árabes pastoralistas enfrentam agricultores negros, a ONU registrou três mil mortes violentas em 2009, vítimas de uma guerra que levou o presidente do país, Omar Al Bashir a ser indiciado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra, contra a humanidade e genocídio.

  Na Bahia, temos uma média de quatro mil assassinatos por ano e a assombrosa cifra de 14 mil assassinatos nos três anos e quatro meses do governo Jaques Wagner e nada acontece para reverter esse números. Só no último final de semana foram 12 assassinatos de jovens de idades variando dos 17 aos 29 anos, todos negros e moradores de áreas periféricas", protestou Bacelar.

  Segundo o deputado, são vítimas que vão engordar as estatísticas do Mapa da Violência 2010 - Anatomia dos Homicídios no Brasil , do Instituto Sangari, que revela de 92% dos homicídios são de homens, a maioria - cerca de 40% das mortes - são de jovens com idades variando entre 15 e 24 anos, negros, pobres e de baixo índice educacional. "Morrem proporcionalmente duas vezes mais negros do que brancos.