(Por Marivaldo Filho)
No último dia 27 o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Carlos Amorim, apresentou uma nota técnica que proíbe a montagem de palco para a realização de eventos em áreas protegidas pelo órgão federal.
A medida, que contempla locais como o Farol da Barra, e o Centro Histórico, foi criticada pelo vereador Paulo Magalhães Júnior (PSC) que o órgão deve estar sem tem o que fazer.
"Acredito que, por falta de atribuições, o IPHAN procurou alguma coisa para fazer. Tudo o que faz é para atrapalhar. Não sabe, ao mesmo tempo, preservar o histórico e olhar para o futuro", disparou Magalhães Júnior.
Pedrinho Pepê (PMDB), apesar de ressaltar a importância de proteger o patrimônio, lembrou a característica festiva da cidade e da importância que essas festas têm para ambulantes e trabalhadores que tiram o sustento das festas.
A presidente da Associação dos Moradores da Barra (Amabarra), Regina Macêdo, enalteceu a determinação e o apoio da Câmara Municipal que, de acordo com ela, ouviu e deu voz aos moradores do bairro.
"Retirar as festas que deterioram o Forte é um pleito antigo. Estamos muito satisfeitos com essa decisão e pretendemos continuar lutando por mais melhorias. Queremos que a Barra tenha o mesmo valor de antes".
A arquiteta, Rubi Helena, responsável pelo parecer técnico do IPHAN, explica que a nota técnica segue as determinações da Constituição Federal, através da Lei nº 25/37, e da Portaria IPHAN n° 10/86.
"Tudo o que ameaça o patrimônio histórico nacional tem que ser coibido. A trepidação do som com o passar do tempo pode danificar o patrimônio".