Veja impasse
Deputado Reinaldo Branga é exonerado do cargo de corregedor e perde 21 cargos
Foto: BJÁ
A caneta foi acionada firmemente pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Macelo Nilo (PDT), e o deputado Reinaldo Braga (PR), ao se alinhar com a candidatura do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), por força de sua aliança com o senador César Borges, presidente regional do PR na Bahia, foi exonerado das funções de Corregedor Geral da Assembleia e perdeu (até agora) 21 cargos comissionados na Casa. Bom cabrito, como se diz na linguagem política, não deu o menor "berro".
Reinaldo, ex-vianista de longo curso, estava alinhado com a candidatura Jaques Wagner à reeleição e integrava a base do governo. No momento em que César Borges passou a compor a chapa de Geddel e o seu partido (PR) decidiu fechar questão com esse alinhamento, Reinaldo virou geddelista. E, em alto e bom som, disse que votaria em Geddel, seu filho é prefeito pelo PMDB de Xique-Xique e está com Geddel, e todas suas bases eleitorais vão apoiar Geddel.
O deputado Reinaldo era, até hoje (a publicação de sua exoneração saiu no DOJ desta segunda-feira, 26), Corregegor Geral da Casa (ganhava um capilé extra por essa função e ainda tinha 11 assessores à sua disposição), mas, além de ter perdido essa condição ainda teve seus 11 assessores exonerados. Aqueles que são servidores públicos voltarão às suas repartições de origem. Como Reinaldo é um dos mais antigos deputados da Casa tem assessor com 25 anos de ALBA que vai voltar a bater ponto em repartição pública do estado.
Como o deputado já tinha perdido (exonerado) 2 servidores lotados na administração da Casa e mais 8 que estavam em seu gabinete, no total, a baixa foi de 21 nomes. Quem não era servidor público está no olho da rua.
E AGORA, QUEM SERÁ
O NOVO CORREGEDOR?
A questão, agora, é saber quem será o novo corregedor. A função é de mandato e tem que ser preenchida por deputado em exercício. Cabe ao presidente Marcelo Nilo (PDT) indicar o nome, mas, a aprovação depende da maiora da Mesa. E, no momento, dos oitos representantes da Mesa, 4 são de oposição e 4 da situação. Marcelo integra a composição da Mesa e não tem voto de minerva.